segunda-feira, 29 de março de 2021

LOGÍSTICA : LAST MILE


 

                                                             Logística Last Mile


    A Logística moderna está mais sofisticada e vem empregando conceitos que invadem o dia a dia das organizações causando verdadeira revolução no modo de operação.

    Modelos como Fullfillment, Omnichannel, Logística 4.0, Control Tower, Milk Run, Just In Time, Crossdocking, Last Time e outros e estão no planejamento estratégico das corporações.

      A Logística é a ciência dos detalhes e há muito tempo venho alertando que ela se tornou um grande diferencial competitivo e o coração dos negócios em tempos modernos.

        No cenário atual rápido, tecnológico e informativo, todos esses conceitos logísticos passaram a ser experimentados em busca de aumentar a performance, reduzir tempos e movimentos, aumentar a qualidade e controlar os custos com logística, especialmente no Last Mile. o que faz do conceito a bola da vez na logística moderna.

          As maiores empresas do mercado já entenderam entenderam a importância da Last Mile. E é exatamente por isso que são gigantes e cada vez estão crescendo mais.

         Não precisa ser especialista em logística para saber da corrida dos grandes marketplaces como Magalu, B2W, Amazon e Mercado Livre, na busca para melhorar sua capacidade em reduzir os tempos e custos de logística.

         Grandes centros de distribuição estão sendo abertos todos os meses para aproximar os estoques dos grandes centros do país, tecnologia de ponta são incorporadas, matemáticos contratados para desenvolverem algorítimos, pequenas redes de transportadoras são construídas ou compradas, isso tudo é para melhorar cada vez mais as condições da Last Time, pois a competição de mercado extremamente acirrada, cada cliente tornou-se um potencial que cedo ou mais tarde deixará seu tributo nos altares do Marketplaces, em tradução simples e direta seria a última (last) milha (mile) e como em unidade de medida uma milha corresponde a 1.609,344 metros, a logística Last Mile deveria ser a última perna logística, ou seja, , os 1,6 km finais de uma entrega.

      Bastante difundida na logística de lojas online, a Last Mile refere-se a etapa final do transporte onde a mercadoria sai do centro de distribuição para o destino, seja para clientes B2B ou B2C.

       O transporte é a parte mais cara da logística, podendo comprometer até 2/3 do custo total, logo é fácil entender por que o Last Mile é a bola da vez, visto que estamos falando da etapa CD-cliente. 

       Uma etapa capaz de encantar os clientes ansiosos acostumados ao utópico "frete grátis" e entregas.

        Vale citar que antes da Last Mile temos a First Mile (primeira milha) e o Middle Mile (milha meio) que fecham as três partes, ou blocos da cadeia logística.

          Bastante difundida na logística de lojas online, a Last Mile refere-se a etapa final do transporte onde a mercadoria sai do centro de distribuição para o destino final, seja para clientes B2B ou B2C.

     

          

 

LOGÍSTICA: OTIF, ONTIME E INFULL


 

                                                OTIF, ONTIME E INFULL

     KPIs da Logística: O que é o OTIF e como ele pode ajudar a logística?

       O controle e acompanhamento de KPIs logísticos é fundamental para compreender a performance e auxiliar na tomada de decisão.        

           KPIs logísticos: Os Key Performance Indicators são indicadores chaves de performance em português são ferramentas utilizadas para avaliar os resultados dos processos e ajudar o gestor e sua equipe a identificar possíveis gargalos e outros problemas que impedem o alcance dos objetivos.

                                O que é OTIF?

      O ON Time In Full (OTIF) É um indicador de desempenho utilizado para acompanhar a qualidade das entregas dos produtos. A idéia é sempre aumentar a satisfação dos clientes em relação ao serviço prestado pela empresa.

       On Time: Está diretamente ligado ao prazo  da data e horário e ao local que foram acordados com  o cliente previamente estabelecido.

       In Full: Está ligado aos produtos que devem ser entregues dentro das especificações passadas para os clientes no momento da compra (dimensões, quantidades, qualidade, integridade, entre outras).

       O OTIF é o KPI que ajuda a se chegar ao conceito de pedido perfeito. É a encomenda a ser entregue dentro do prazo, e atendendo a todas as expectativas dos clientes o que contribui para aumentar os níveis de satisfação e aumentar as oportunidades de fidelização dessas pessoas.

         Para calcular e implantar o OTIF antes de mais nada é preciso ressaltar que o acompanhamento desse indicador deve ser feito com cada elemento sendo acompanhado separadamente, portanto On Time x In Full. Para exemplificar:

        Uma empresa realiza 95% das entregas dentro do prazo: On Time de 0,95; A quantidade de pedidos entregues dentro das especificações (sem avarias, extravios, entre outros) é de 90% In Full de 0,90.

      A partir desses dados, o percentual de pedidos perfeitos que são enviados para seus clientes será de: OTIF = 0,95x 0,90 = 0,855 = 85,50%

       Para adotar o OTIF em uma operação é muito importante definir a metodologia que será utilizada para as análises, através dela determina-se quais serão as informações adotadas, os períodos de apuração, método correto para elaborar o indicador, entre outros pontos a serem considerados.

       Será preciso gerar relatórios ligados à performance das transportadoras, basicamente os que estão relacionados às entregas e às ocorrências (como avarias, extravios, pedidos trocados ou com erros)

      Por meio do acompanhamento do OTIF tem-se uma visão ampla de vários aspectos operacionais:

   Nível de serviço das entregas;

Índice de retrabalho e necessidade de logística reversa (no caso de pedidos com problemas);

Qualidade do serviço prestado pelas transportadoras;

Possível grau de insatisfação dos clientes;

      Com apenas um indicador é possível analisar todo o processo logístico que vai desde a separação das mercadorias até a pontualidade nas entregas.

      O On Time In Full (OTIF) é um indicador de desempenho utilizado para acompanhar a qualidade das entregas dos produtos. A ideia é sempre aumentar a satisfação dos clientes em relação ao serviço prestados. On Time está ligado ao prazo de data e horário e ao local que foram acordados com o cliente previamente.     


terça-feira, 16 de março de 2021

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA LOGÍSTICA


 O cenário atual é marcado pelo conceito como Indústria 4.0. Também chamada de Quarta Revolução Industrial, o processo está relacionado à integração entre tecnologias e etapas operacionais, é possível automatizar fluxos completos e obter resultados especiais. 

  Com a Logística não é diferente, o setor vem passando por transformações digitais em várias áreas e essa mudança tem se consolidado de forma contínua. Para aproveitar as possibilidades, é essencial explorar o panorama da transformação digital da logística.

                                            Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial é uma realidade em vários segmentos, principalmente graças ao aprendizado de máquinas. Com esse recurso, é possível desenvolver algorítimos que aprendem com a prática e já não precisa de programados, assim automatizando tarefas e garantindo melhores resultados.

    Com a logística isso aparece de várias maneiras. Um sistema pode recomendar rotas específicas de acordo com as preferências. É viável padronizar a armazenagem por meio de conexões de dispositivos inteligentes, via Internet das Coisas (IoT).

    Entre as ferramentas de logística dos novos tempos, estão recursos completos e repletos de funcionalidade, os sistemas e softwares gestão, permitem acompanhar vários pontos da cadeia de valor. Com isso, obtemos informações sobre estoque, compras, vendas e entregas.

    Os aplicativos já trazem uma atuação mais funcional e orientada, é possível por exemplo, solicitar serviços diferenciados de transporte e obter além do que uma transportadora oferece.

    A computação na nuvem ( ou cloud computing) é outra grande mudança na transformação digital da logística e em outros setores se baseando no armazenamento de informações. Esse avanço permite, o uso descomplicados de aplicativos em substituições aos softwares instalados tradicionais. Também é uma forma de conquistar um desempenho melhor quanto à comunicação e à mobilidade, o que viabiliza o funcionamento de diversas funções.

                                                     Logística Integrada

    A transformação digital possibilita a concretização da logística integrada, antes da entrada da tecnologia, o setor era dividido em muitas partes, o que viabiliza a construção de um fluxo realmente eficiente, com a tecnologia, tornou-se viável estabelecer um setor com dados que se transportam corretamente. Fazendo o uso das tecnologias adequadas, uma equipe de compras consegue entender as necessidades de estoque de forma ampla. Já o time de transporte se comunica com os de vendas em busca de boa experiência com os clientes. Quanto mais intenso for o papel de integração da tecnologia, melhor será o desempenho nesse sentido.

                                Os Impactos da Tecnologia Digital na Logística

   Com a integração da tecnologia na área de logística, já é possível ver as mudanças e tantas outra prometem surgir no futuro.

    Algumas alterações causadas pelas transformações digital na logística:

 Aceleração de Processos: Com a tecnologia tudo é um clique ou um toque de distância, o que antes dependia de longas esperas se torna algo quase instantâneo, como a comunicação entre as duas áreas. Na prática, isso faz com que tudo fique mais acelerado, deixando o setor mais dinâmico. Se antes a logística já tinha a ver com movimento, agora a adaptação se torna indispensável.

  Transformações na Preocupação com Segurança: Com a entrada da tecnologia no setor, é necessário mudar o foco das preocupações com a segurança.

   Simplificação e Direcionamento do Gerenciamento: Não dá para negar que a tecnologia é destacadamente uma forma de resultados melhores com um nível menor de esforço. Desde que tudo seja planejado e implementado de maneira correta é possível obter uma gestão de logística melhor. Os recursos adequados oferecem automação de certos pontos e garante que os gestores foquem em aspectos diferenciados e altamente relevante, em vez de perder tanto tempo com o traçado da rota, o profissional pode se dedicar a um gerenciamento preciso e eficaz.

     Isso torna a etapa menos complexas e capaz de atender as necessidades específicas, além de tudo, é uma forma de direcionar talento e conhecimentos.

      Com tanta evolução no setor e no uso de soluções, a transformação digital na logística estabelece mudanças no perfil do profissional de logística, tem atua agora na área não precisa entender apenas de cadeia de suprimentos ou integração organizacionais, os novos gestores devem ter uma visão mais ampla e integrada sendo capazes de alinhar tecnologias aos objetivos estratégicos do ramo, os profissionais de logística precisam também apresentar habilidades analíticas e uma atuação voltada para o encontro de medidas que levem em consideração o ambiente acelerado.

      As vantagens oferecidas pela transformação digital da logística

        Tantas mudanças são naturalmente acompanhadas por um potencial imenso. A entrada de novas tecnologias permite obter diversos pontos positivos, o que pode gerar destaque no mercado de modos variados.

     Principais benefícios da transformação digital

                       Garantia de Eficiência

         Como visto, uma das tendências do uso dessa ferramenta é a conquista de uma atuação integrada altamente direcionada. O processo logístico torna-se um ponto central para o aproveitamento de oportunidades, com a automação é possível diminuir as chances de erros humanos ou falhas técnicas evitando assim o retrabalhos e os desperdícios de recursos.

         Também dá para entender melhor quais são os gargalos logísticos e quais tarefas ou ações prejudicam a obtenção dos resultados esperados, tornando isso o processo eficiente capaz de ajudar a todos a se desenvolverem.

                         Redução de Custos

       A tecnologia é uma grande aliada para reduzir os gastos de maneira geral. A redução de erros evita o desperdícios de recursos e garante o uso adequado do orçamento. Outra importante questão é que ele automatiza tarefas e pode até diminuir, mesmo com times enxutos, é possível focar nos pontos estratégicos e economizar. Também a menos perdas de armazenagem e estoques  e mais aproveitamento das oportunidades geradas assim o setor se torna menos oneroso e oferece um melhor retorno.

                    Aumento da Produtividade

        Além da diminuição de erros, o ganho em eficiência está relacionado ao nível produtivo. Com a transformação digital na logística, é possível conquistar resultados com mais intensidade dentro do mesmo período. Considere uma etapa de transporte, o monitoramento em tempo real permite que o gestor conheça as dificuldades antes de entrar em contato com o motorista, isso acelera uma possível orientação e evita desperdícios.

      A automação também é essencial para garantir um desempenho melhor quanto à produtividade, dessa forma fica mais fácil atingir as metas específicas e tornar o setor parte do alcance dos resultados estratégicos.

      O aumento da adoção da tecnologia é determinante para oferecer maior controle, através do BigData é possível triangular áreas e entender em quais pontos estão as maiores necessidades de transporte, atuando de forma direcionada, o que garante uma performance maior. Obtendo também maior visibilidade. 

      O controle de estoque, o acompanhamento de compras e o rastreio de transporte é indispensável. A gestão consegue entender  o que acontece em cada um deles e onde está a carga em cada momento. Na prática é essencial para evitar perdas, atrasos ou outros comprometimentos.

        A tecnologia desempenha um papel em destaque, graças as ferramentas adequadas fica mais fácil para o planejamento robusto. Com todas as variáveis consideradas dá para obter maior entendimento do cenário e acertar nas escolhas.

         Quem também é favorecido a partir do uso das diversas ferramentas é o mercado consumidor, quando a empresa abraça a transformação digital na logística é capaz de atender melhor às necessidades específicas.

      A mudança no atendimento a quem consome é capaz de consolidar um posicionamento positivo, com o uso adequado das ferramentas das transformações digitais na logística é viável que a o organização se posicione de forma diferenciada e positiva. Com essa transformação permite conquistar maior adaptação ao cenário.

    Recorrer a um sistema integrado entre compras e vendas é modo de manter o nível de estoque ideal, dependendo do cenário é importante acompanhar as entregas, rastrear pedidos e realizar a automação em cada passo.

        Encontre Fornecedores de Qualidade

  Não adianta estar ciente da transformação digital na logística e mesmo assim ignorar a necessidade fazer boas escolhas, além de reconhecer as soluções adequadas, é indispensáveis encontrar bons fornecedores.

  Esteja sempre por dentro das novidades, as tecnologias estão em constantes mudanças, os gestores tem que estar sempre de olho nas novidades e tendências da tecnologia, ao ficar por dentro do que se está em destaque é possível selecionar o que está condizente. A transformação digital na logística é uma realidade e tem gerado grandes impactos na área.


Referência: https://cargox.com.br/blog/transformacao-digital-na-logistica.


  


  



       

      


                     

sábado, 13 de março de 2021

PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUE


 O estoque ocorre em operações produtivas porque os ritmos de fornecimento e de demanda nem sempre andam juntos. Os estoques são usados para atender às necessidades decorrentes das diferenças entre fornecimento e demanda na produção.

    Todas as operações mantêm estoques de algum tipo. Os itens mantidos em estoques em diferentes operações vão variar consideravelmente em valor. Alguns tipos de operação, como os serviços profissionais, manterão níveis baixos de estoque, enquanto outras, como as operações de varejo ou armazéns, vão manter grandes quantidades de estoque de mercadorias para vendas.

    Há 4 principais razões para manter estoque, e, portanto, 4 tipos de estoque. São:

    Estoque isolador- também chamado de estoque de segurança, tem como propósito compensar as incertezas inerentes a fornecimento e demanda.

    Estoque de ciclo- ocorre por que um ou mais estágios na operação não podem fornecer todos os itens que produzem simultaneamente.

    Estoque de antecipação- Mais comumente usado quando flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis. Também pode ser usado quando as variações de fornecimento são significativas, como em alimentos sazonais enlatados.

    Estoque de canal de distribuição- existe porque o material não pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de demanda.

    O estoque pode ocorrer em diversos pontos dentro de uma operação. Em algumas operações, como uma loja de varejo, existe um estoque principal de bens, enquanto em outro extremo, por exemplo, há muitos pontos nos quais pode ocorrer estoque.

    Há três tipos principais de decisões que os gerentes de produção precisam tomar em relação a planejamento e controle dos seus estoques:

  •  Quanto pedir cada vez que houver um pedido de reabastecimento de estoques;
  • Quando pedir o reabastecimento de estoques;
  • Como controlar o sistema de planejamento e controle de estoques;

     A decisão de quanto pedir envolve equilibrar os custos associados à colocação de um pedido. Os principais custos de manutenção de estoques são usualmente associados às transações necessárias para gerar informação para colocação do pedido.     A abordagem mais comum para determinar a quantidade de um pedido é a fórmula de lote econômico de compra. A fórmula do LEC pode ser adaptada para diferentes tipos de perfil de estoque, usando diferentes pressuposições de comportamento de estoque. Ela dá a quantidade ótima de pedido (custo mais baixo), mas a função que descreve os custos totais associados com uma política de pedidoss é relativamente insensível a pequenos erros na estimativa dos custos.

    A abordagem LEC para determinar a quantidade de pedidos tem sido sujeita a várias críticas. Essas críticas caem em três principais categorias: 

  • Que os pressupostos em relação à LEC são às vezes irrealistas;
  • Que o custo real de estoque em termos de seus efeitos dentro de uma operação é muito maior que o suposto;
  • Que o uso dos modelos tipo LEC de forma prescritiva parece enfatizar uma abordagem que considera muitos dos custos associados a pedidos como fixos, em vez de incentivar uma abordagem que tente reduzir ou melhorar custos.

     A decisão de quando colocar um pedido torna-se importante quando a demanda é tratada como probabilística. |Os pedidos são usualmente disparados para deixar certo nível de estoque de segurança médio quando o pedido chega. O nível de estoque de segurança é influenciado pela variabilidade tanto da demanda quanto do lead time. Essas duas variabilidades são usualmente combinadas nas variações do uso durante o lead time (Tempo computado entre o início da primeira atividade até a conclusão da última, em série de atividades).     O uso do nível de ressuprimento como um gatilho para a colocação de um pedido de reabastecimento necessita da revisão continua dos níveis de estoque. Isso pode consumir tempo e ser caro. Uma abordagem alternativa é fazer pedidos de reabastecimento de tamanhos variáveis em períodos de tempos fixos.

     Os gerentes devem discriminar diferentes níveis de controle, que eles aplicam a diferentes itens em estoque. A maneira mais comum de fazer isso é o que é conhecido com classificação de estoque ABC.

     O estoque pode ser medido de diferentes formas. As mais comuns:

  • Valor total do estoque;
  • Cobertura de estoque proporcionada pelo estoque médio;
  • Giro de estoque.

     O estoque é habitualmente gerenciado através de sistemas de informações computadorizados sofisticados, que tem algumas funções, como pedidos, geração de relatórios de status de estoque, previsão de demanda, relatórios comparativos como a curva ABC.  

LOGÍSTICA INTERNACIONAL


 

                     Dentro da Logística, existe também a logística internacional, que possui o objetivo principal de melhorar os sistemas logísticos com parceiros externos, ou seja, os processos que ligam a fabricantes, indústrias, fornecedores e assim por diante.

O que é Logística Internacional?

A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

A globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazém e a distribuição das melhorias.

Cada vez mais está disponível no mercado modelos modernos de gestão de estoque, produtos e logística do processo com um todo.

Por que a Logística Internacional é importante?

A logística é uma área que está ligada com a parte estratégica da corporação, afinal, busca otimizar os fluxos de armazenamento dos produtos até a realização da entrega do mesmo.

Com o avanço das tecnologias e o pensar, cada vez mais estratégico, foi criada a metodologia Jus-in-Time.

A metodologia Just-in-Time foi uma das maiores inovações logísticas do mundo. Ela visa reduzir o tempo de produção e estoques, além de aumentar a qualidade dos produtos e serviços e também, fornecer a flexibilidade necessária para acompanhar o ritmo das demandas.

Ou seja, a produção just-in-time, com a tradução literal de hora certa busca fazer com que um pedido seja realizado, produzido com o material o que há em estoque, sem a necessidade exclusiva de solicitar mais matérias, assim, não haverá produtos em excesso em estoque e nem produtos em demasia em pronta entrega.

Principais modais de transporte

Existem hoje, 5 tipos de Modais de transporte, são eles:

  1. Aeroviário,
  2. Rodoviário,
  3. Aquaviário,
  4. Ferroviário e
  5. Dutoviário

Cada um destes modais possuem aspectos e importantes questões a serem levados em consideração. Como se o modal indicado consegue chegar ao destino informado no período solicitado, se o custo deste modal está dentro do planejado ou ainda se a rota, pode ser a mais adequada ou não. Todos esses fatores influenciam no processo da Logística internacional.

Vantagens dos tipos de modais de transporte?

Tipo de Modal:

Aeroviário

Vantagens: É o transporte mais rápido e Não necessita de uma embalagem mais reforçada.

Desvantagens: Possui menor capacidade de carga e conta com o valor de frete mais elevado quando comparado à outros modais

Aquaviário ou Marítimo

Vantagens: Possui maior capacidade de carga; Pode carregar qualquer tipo de carga e contém menor custo de transporte.

Desvantagens: Necessita de transbordos nos portos; Conta com uma distância entre os centros de produção; Necessita de maior atenção às embalagens; Possui menor flexibilidade nos aliados e enfrenta congestionamento nos portos.

Ferroviário

Vantagens: Adequado para longas distâncias e quantidades grandes; Possui menor custo de frete e seguro.

Desvantagens: Uma desvantagem é a diferença na largura das bitolas além de uma menor flexibilidade nos trajetos realizados.

Rodoviário

Vantagens: É adequado para curtas e médias distâncias; A mercadoria sofre apenas 1 operação de embarque e outra para descarga; Maior frequência e disponibilidade de vias de acessos; Mais agilidade e flexibilidade de carga; e, caso aconteça algum acidente, conta com mais facilidade de troca de veículos.

Desvantagens: Algumas operações contam com frete alto; Este modal é o que conta com a menor capacidade de carga quando comparado à todos os outros e é modal menos competitivo para longas distâncias.

Dutoviário

Vantagens: Funciona 24 horas por dia; Não sofre influência de fatores climáticos e é o modal menos poluente.

Desvantagens: No Brasil, este modal é pouco utilizado e um dos formatos mais lentos.

Custos Logísticos que envolvem o Processo

Além de escolher o melhor modal para as operações, a logística internacional precisa levar em consideração os fluxos logísticos e também os custos.

Esses custos são referentes à todos que abrangem o processamento de armazenagem e distribuição.

Conheça os 9 principais Custos Logísticos que fazem das operações:

  1. Produto;
  2. Falta de Produto Para a Produção;
  3. Custos de Manutenção;
  4. Embalagens do Produto;
  5. Modais para transporte e fretes;
  6. Logística Tributária;
  7. A tecnologia usada nas operações;
  8. Custos com a Distribuição dos produtos; e
  9. Valor humano aplicado à operação;

Fonte: SOUZA, Reginaldo da Silva,2013. SOUZA, Genivaldo da Silva, 2013. Pg,11. A Logística Internacional e Comércio Exterior Brasileiro: Modais de Transporte, Fluxos Logísticos e Custos Envolvidos.

LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA


 

           De acordo com Bertaglia (2003), produtos, materiais, são movimentados ao longo da cadeia de abastecimento. A matéria prima é transportada para as fábricas para se transformar em produto final; em seguida, flui dos fornecedores para o centros de distribuição e daí para os clientes, dependendo do modelo estabelecido pela empresa.

(NOVAES, 2014) "Distribuição Física: é um termo empregado na manufatura e no comércio para descrever as extensas atividades relacionadas com o movimento eficiente de produtos acabados desde a linha de produção até o consumidor, e alguns casos, inclui a movimentação de matérias-primas desde a fonte de suprimentos até o começo da linha de produção. Essa atividade inclui transporte, fretes, armazenagem, movimentação de materiais, embalagem de proteção, controle de estoques, localização de fábricas e armazéns, processamento de pedidos, previsões de marketing e serviços ao usuário."

A cadeia de distribuição clássica é formada entre o fabricante e o consumidor, existindo um único intermediário, o varejista. Quando definidos os canais de distribuição, torna se necessário detalhar o processo logístico que será realizado, na prática, o projeto mercadológico selecionado.

O objetivo geral da distribuição física, é o de levar os produtos certos, para lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço elevado, ao mesmo tempo em que se pretende reduzir os custos, ambos precisam caminhar juntos.

As possíveis melhorias no sistema, de uma forma geral, implicam custos maiores de transporte, de armazenagem e de estoque. Isto está preso ao conceito de valor agregado, quando a forma correta de focalizar o problema é através de cadeia de valor.

Os centros de distribuição são fundamentais no sistema de logística de uma empresa, situados geralmente em rodovias ou próxima a elas, em locais de fácil acesso a grandes caminhões e carretas, funcionam como peças estratégicas para o abastecimento de lojas ou entregas de produtos aos consumidores finais. Eles multiplicam pelo país, seguindo a rota de expansão das empresas e a necessidade de estar cada vez mais perto do cliente, encurtando distâncias e reduzindo os custos de transporte das mercadorias até o destino final (CASTRO,2006).

Sendo assim, distribuição física é o ramo da logística que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da empresa. O profissional de logística deve preocupar-se me garantir a disponibilidade dos produtos requeridos pelos clientes à medida que eles desejam e se isto pode ser feito a um custo razoável.

Resumidamente temos a função da Distribuição Física com o dever de garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a preços competitivos. Essas atividades incluem o fretamento do transporte, armazenagem, movimentação de materiais, empacotamento de proteção, e controle de estoque.

Abaixo temos uma imagem que mostra fundamentos e técnicas de Logística, aplicado ao Armazéns e distribuição de mercadorias (distribuição física)

A administração da distribuição física é desenvolvida em três níveis;
  1. Estratégico: Como deve ser a definição global dos sistemas de distribuição?
  2. Tático: Como o sistema de distribuição pode ser utilizado?
  3. Operacional: Tarefas diárias que devem ser desempenhadas;

Mercados atendidos pela distribuição física:

  1. Usuários finais; Compreendem tanto os que usam o produto como os que criam novos produtos;
  2. Intermediários: Compreendem os que não consomem os produtos, mais sim que oferecem para revenda;

Padrão de demanda do mercado

Consumidores finais- normalmente adquirem em pequenas quantidades e são grande número.

Firmas de manufatura, distribuidores e eventualmente varejo- geralmente compram em grandes quantidades.

Localização do cliente

Próximos à "fábrica" (carga fracionada) -podem ser atendidos diretamente.

Distantes da fábrica (carga fracionada) - devem ser atendidos através de depósitos localizados estrategicamente.

Estratégicas básicas de distribuição, podem ser adotadas muitas configurações de distribuição, normalmente derivadas de três formas básicas: Entrega direta a partir de estoques de fábrica; Entrega direta a partir de vendedores ou da linha de produção; Entrega feita utilizando um sistema de depósitos.

Três conceitos importantes que suportam a Distribuição Física: Compensação de custos (trade-off); Custo total; Sistema total.

Modais de Transporte na Distribuição Física

A distribuição de produtos pode ser realizada através de diversas modalidades de transporte: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo, e dutoviário.

Geralmente o embarcador tem uma diversidade de modalidades e combinações de modalidades a sua disposição.

Em alguns casos, o embarcador pode escolher entre várias alternativas de modo, de tal forma que o escolhido corresponda, por exemplo,, ao menor custo total do transporte, respeitados, no entanto, alguns critérios como os limites mínimo e máximo de tempo. Nesses casos temos uma flexibilidade modal, isto é, existe a possibilidade de escolha do modo de transporte ou combinação a ser utilizado.

Em outras situações, pode-se escolher qual o modo de transporte que se adequa melhor às condições de disponibilidade e viabilidade em relação ao tempo de distribuição. Essa possibilidade de escolha em função do tempo é denominada flexibilidade temporal.

Dois conceitos relevantes são os termos transporte intermodal e transporte multimodal. O primeiro diz respeito à conjugação da flexibilidade modal com a flexibilidade temporal de uma forma isenta de maiores preocupações além da simples integração física e operacional. Já, o segundo, trás as ideias da integração e inter-relação no aspecto físico, nas responsabilidades, em relação aos conhecimentos, programação e demais aspectos.

Referência: https://logisticaeomundo.wordpress.com/2017/07/20/distribuicao-fisica

TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS: MODAIS, FERRAMENTAS, PRINCÍPIOS DOCUMENTAÇÃO


                       Em um ambiente logístico, todos os colaboradores têm suas atribuições para realizarem em seu dia a dia de trabalho, e a escolha do modal de transporte mais viável e apropriado é uma delas.

Por isso, devemos estudar todos os tipos de modais, suas rotas possíveis, verificando quais são os mais vantajosos em cada percurso. Os custos devem ser levados em conta, além da capacidade de transporte, tipo da carga, versatilidade, rapidez e segurança.

Os tipos de modais de transporte são: ferroviário, dutoviário, marítimo, hidroviário, aéreo e rodoviário.

São classificados de acordo com a modalidade em:

Terrestre: rodoviário, ferroviário, dutoviário, Aquaviário: marítimo, hidroviário, Aéreo:              Aéreo

A quanto à forma em:

Modal ou unimodal: abrange apenas uma modalidade de transporte.

Intermodal: abrange mais de um tipo de transporte, e para cada trecho/modal as negociações de contrato são negociadas.

Multimodal: abrange mais de uma modalidade de transporte, porém, é regido por um único contrato.

Segmentados: abrange diversos contratos. Comtemplando todos os tipos de modais de transporte.

Sucessivos: quando o material ou insumo, para chegar no cliente final, precisa ser transbordado para continuar sua entrega, porém, continua utilizando o mesmo tipo de transporte para efetivar sua entrega.

Todas as modalidades de transporte têm suas vantagens e desvantagens. Algumas são adequadas para determinado tipo de materiais e prazos de entrega, outras não. Por isso, a importância do profissional em logística para a tomada dessas decisões.

Principais características

Transporte rodoviário

Características

É o transporte realizado por estradas, ruas e rodovias, utiliza veículos, como carretas e caminhões.

O modal rodoviário é ideal para o transporte de produtos perecíveis ou produtos de alto valor agregado, principalmente por pequenas distâncias (em geral 400 km). Ou quando não existe a possibilidade de outro modal efetuar o transporte.

No Brasil ocupa uma posição de muito destaque, sendo responsável por cerca de 96% do movimento de passageiros e quase 60% do transporte de cargas. As estradas ainda apresentam estado de conservação pouco adequado, o que eleva consideravelmente os custos de transporte e com a manutenção e conservação dos veículos. Além disso, boa parte da frota de transporte é antiga e bastante sujeita a roubo de cargas.

Vantagens

Ideal para curtas e médias distâncias.

Facilidade no atendimento das demandas e agilidade nos processos operacionais.

Pouca manipulação da carga e pouca exigência de proteção e embalagem.

As liberações e os desembaraços podem ser realizados pela própria empresa transportadora.

É feita de forma adicional, ocorrendo, assim, a intermodalidade e a multimodalidade.

Permite as vendas com entrega fracionada e mais ágil, trazendo maior comodidade e menores custos.

Desvantagens

Fretes mais caros na maioria casos.

Baixa capacidade de carga quando comparado com os outros tipos de modais de transporte.

Para percursos longos é pouco competitivo.

Tipos de veículos

Caminhões: veículos fixos que possuem carroceira aberta, em forma de gaiola, plataforma, ou em forma de baús, podendo ser equipados com equipamentos de refrigeração para o transporte de produtos refrigerados ou congelados. Também são usados para cargas que não podem ficar desabrigadas.

Carretas: são articulados, com unidades de tração e de carga possuindo módulos separados. Mais ágeis que os caminhões, podem deixar o semirreboque ser carregado para ser recolhido depois, com isso, permitindo que o transportador realize maior número de transportes. Lembrando que existem diversos modelos de carretas: carreta com 2 eixos, carreta com 3 eixos, bitrem etc.

Cegonheiras: específicos para transporte de veículos automotores.

Boogies/Trailers/Chassis/Plataformas: veículos ideais para transporte de contêineres. Lembrando que, para circularem nas vias, os veículos deverão ter afixados em sua estrutura um selo de identificação.

Treminhões: veículos muito semelhantes às carretas, formados por cavalos mecânicos, semirreboques e reboques, compostos, portanto, de três partes, podendo carregar até dois contêineres de 20 pés. Por isso, os treminhões não podem trafegar em qualquer rodovia, devido ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas).

Aplicações desse tipo de modal

É o modal mais utilizado no Brasil, sendo usado praticamente para todos os tipos de mercadorias e produtos comercializados. Provavelmente, você já deve ter solicitado ou recebido algum produto ou mercadoria por meio desse tipo de modal. Por exemplo, quando você mudou de residência, um caminhão deve ter transportado seus pertences. Outro exemplo, são os materiais para realizar uma reforma em sua casa, que chegaram pelo modal rodoviário.

Transporte ferroviário

Características

O modal ferroviário é o modal de transporte ideal para insumos ou materiais de baixo custo e com quantidades elevadas, como produtos agrícolas, insumos relacionados aos derivados de petróleo, minérios em geral, produtos siderúrgicos, fertilizantes, entre outros.


Esse modal de transporte não possui uma versatilidade e agilidade muito grande, como outros modais, no acesso às cargas, uma vez que elas têm que ser transportadas aos terminais ferroviários para serem manipuladas.

Vantagens

Ideal para distâncias longas e grandes quantidades de carga.

Baixo custo de transporte.

O custo de infraestrutura é bastante baixo.

Desvantagens

Possui diferença na espessura das bitolas.

Este modal tem pouca flexibilidade no percurso.

Exige maior necessidade de transbordo.

Tempo de percurso lento e irregular.

Alta possibilidade de furtos.

Aplicações desse tipo de modal

Geralmente, nesse tipo de modal são transportados minérios e praticamente todos os tipos de grãos produzidos na agricultura. Um bom exemplo são os vagões lotados transportando soja.

Conhecimento de embarque ferroviário

Dentre os documentos mais utilizados nos modais logísticos, destacamos aqui o conhecimento do embarque do modal ferroviário, que é o documento mais utilizado e tem praticamente todas as mesmas funções indispensáveis dos conhecimentos de embarque dos outros tipos de modais. É emitido em três vias originais.

Lembrando que o transporte de um insumo ou mercadoria pode acontecer por mais de uma ferrovia, mas o transportador que emitiu o conhecimento de embarque é o responsável por todo o transporte, por todo o percurso, desde a origem até a entrega ao cliente final.

Transporte aéreo

Características

É o modal de transporte que permite a locomoção de mercadorias pelo ar, utilizando para isso aeronaves. Sendo que a principal infraestrutura exigida por esse modal de transporte é o aeroporto, que precisa ser um local de grande espaço físico para receber as decolagens e as aterrissagens das aeronaves.

É o transporte ideal para materiais de alto valor agregado, pequenos volumes ou com muita urgência na entrega.

Existe um órgão regulador internacional, uma espécie de associação, que é responsável pela regulamentação do transporte aéreo internacional.

No Brasil, o órgão regulador é a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Comando da Aeronáutica.

Vantagens

É o modal de transporte mais ágil e veloz.

Não necessita de embalagens especiais ou mais reforçadas.

Os aeroportos, na maioria das vezes, estão localizados próximos dos centros de produção e de distribuição dos insumos.

Permite uma redução de estoques via utilização de técnicas como o Just in time.

Desvantagens

Esse modal de transporte movimenta uma menor quantidade de carga, pois sua capacidade é menor.

O valor do frete é bem mais alto em relação aos outros modais de transporte.

Aplicações desse tipo de modal

Esse modal geralmente opera com cargas perecíveis, cargas frágeis, cargas vivas e também com cargas de valores. Podemos exemplificar com o transporte de flores, peixes vivos, alguns tipos de frutas e também no transporte de joias.

Composição do frete aéreo

Tarifa mínima: tarifa usada em materiais de pequeno porte que não atinjam determinado valor estipulado, levando em conta o seu cálculo por peso.

Tarifa geral de carga: é a tarifa usada em encomendas que não contenham produtos de valor elevado. Nesse caso, elas não estão enquadradas na tarifa específica ou na tarifa classificada, estipulada por área pelo órgão regulador e dividida em:

Tarifa normal: aplicada a cargas de até 45 kg, em alguns países até 100 kg.

Tarifa quantitativa: aplicada conforme o peso do embarque, por faixa de 45 a 100 kg; de 100 a 300 kg; de 300 a 500 kg; e acima de 500 kg.

Tarifa classificada: geralmente aplicada à bagagem não acompanhada, jornais e equivalentes, animais vivos, restos mortais, prata, outros metais preciosos etc. Ela pode ser dividida da seguinte forma:

Para produtos de valor elevado.

Tarifa de sobretaxa: é utilizada para produtos que possuem problemas para serem manipulados, como cargas com dimensões diferenciadas ou volumes de peso extremamente elevado.

Tarifa para mercadorias específicas: para este tipo de carga são cobradas taxas mais baixas, pois possuem roteiros já determinados e com destinos bem conhecidos.

Transporte dutoviário

Características

O modal dutoviário é aquele que emprega a força da gravidade ou pressão mecânica para o transporte por meio de dutos ou tubos. Muitas dutovias são subterrâneas ou marítimas, o que é considerado um benefício, pois assim minimizam os riscos relacionados aos acidentes, desvios e roubos.

É uma opção de transporte que praticamente não polui o meio ambiente, não sujeita a congestionamentos e restrições e, se comparada com os outros modais, é bem mais acessível.

Aplicações desse tipo de modal

Como exemplo na utilização desse modal, citamos o transporte de petróleo para as refinarias.

No Brasil, os principais dutos existentes são:

Gasoduto: transporta gases, principalmente o gás natural.

Mineroduto: transporta todos os tipos de minérios e, geralmente, são impulsionados por um forte jato de água.

Oleoduto: efetua o transporte de derivados de petróleo.

Transporte marítimo

Características

O transporte marítimo é o modal de transporte mais utilizado no comércio entre países. No Brasil, responde por mais de 90% do transporte de mercadorias para outros continentes e países. Assim, os portos desempenham uma função importantíssima, como elo entre o transporte marítimo e os outros modais terrestres. Isso ocorre porque este modal tem como característica principal a capacidade de diminuir a utilização de outro modal de transporte.

Vantagens

Transporta grande volume de carga.

Transporta praticamente todo tipo de carga ou material.

Menor custo de transporte.

Desvantagens

Necessidade de transbordo e movimentações dentro dos portos.

Longe dos centros de produção.

Maior necessidade de embalagens.

Pouca flexibilidade nos serviços e com frequentes congestionamentos nos portos.

Categorias de transporte

Cabotagem: transporte realizado entre portos.

Navegação interior: ocorre em lagos e hidrovias.

Navegação de longo curso: ocorre entre portos brasileiros e de outros países.

Aplicações desse tipo de modal

Como exemplo, podemos trazer as cargas a granel, embarcada e acondicionada sem marca ou identificação e sem contagem de unidade. O transporte de soja se encaixa muito bem entre os produtos que utilizam esse tipo de modal.

Tipos de navios

Os navios são construídos conforme o tipo de mercadoria ou material a ser transportado (embalada e unitizada, embalada fracionada, granel sólido, granel líquido etc.), com o objetivo de atender necessidades bastante específicas.

Os principais tipos de navios são:

Cargueiro convencional: este tipo de embarcação é geralmente utilizado para a movimentação de mercadorias em geral.

Graneleiro: transporte utilizado para produtos a granéis sólidos.

Tanque: utilizado para o transporte de cargas líquidas.

Porta-contêiner: exclusivo para o transporte dos contêineres, que são dispostos por meio de encaixes adequados.

Roll-on/Roll-off: destinado para o transporte de veículos automotivos, que são embarcados e desembarcados por meio de rampas.

Porta-barcaças: projetado para trabalhar em portos com grande movimentação, pois realiza a movimentação das barcaças no porto.

Sea-bea: é o mais atual tipo de navio mercante, pois pode movimentar barcaças e converter-se em graneleiro ou porta-contêiner.

Transporte fluvial/lacustre (hidroviário)

Características

Modal de transporte que possui um grande potencial, principalmente no Brasil, porém, sua utilização ainda é muito pequena. É um modal de transporte bastante competitivo, já que possui grande capacidade de transporte, pouco consumo de combustível e é menos poluente.

Uma das características mais importantes deste tipo de modal é a capacidade de transportar diversos tipos de cargas, principalmente produtos agrícolas. No Brasil, principalmente na Bacia Amazônica, este tipo de modal é muito utilizado, especialmente para a movimentação de madeiras.

s embarcações mais utilizadas, neste modal de transporte, são as balsas e as chatas, além de navios de todos os portes. O valor cobrado pelo frete é bem mais atrativo se comparado aos modais terrestres.

Já a navegação lacustre é aquela que ocorre em lagos e tem como característica principal a ligação de cidades e países vizinhos. É um tipo de transporte bem restrito, pois são poucos os lagos navegáveis. Por isso, este modal de transporte não tem grande importância no cenário internacional.

Aplicações desse tipo de modal

Como exemplo na utilização desse tipo de modal, temos as entregas de mercadorias e produtos às populações ribeirinhas. Mercadorias e produtos como sacos de grãos e caixotes contendo alimentos. Também é muito utilizado como meio de locomoção das pessoas.

Lembre-se da importância dos modais de transporte e sua relevância em todo o processo logístico. O transporte é fundamental para que todo o processo logístico seja finalizado, atendendo o cliente final em todas as suas necessidades. Além disso, muitas organizações buscam na logística de transporte obter um diferencial em relação a outras empresas. As empresas podem utilizar a logística como estratégia competitiva, dessa forma, se diferenciando dos concorrentes. Com isso, cativam novos clientes e também buscam reduzir seus custos, assim, aumentando o seu lucro.

Transporte e movimentação de cargas: modais, ferramentas, princípios e documentação

Ferramentas de transporte: Transportation Management Systems (TMS), rastreabilidade e gerenciamento de risco

As ferramentas de transportes são importantes para o gerenciamento da movimentação de cargas. Elas podem ser utilizadas tanto por transportadoras como por empresas que realizam a própria entrega de seus produtos. Essas ferramentas têm como finalidade a organização e a otimização da rede de transporte, de tal maneira que tragam os melhores resultados relativos a custos e prazos. Para compreender esta temática, vamos iniciar a nossa reflexão com transportation management systems (TMS); sistema de gestão que será a base do nosso material. Em seguida, vamos refletir sobre a rastreabilidade, para então finalizarmos os nossos estudos com o gerenciamento de risco.

O sistema de gerenciamentos de transportes (TMS – transportation management system) trata-se de um software que realiza o planejamento e o monitoramento de todas as etapas envolvidas no transporte de uma mercadoria, desde a programação da coleta até a sua entrega e pagamento.

De forma mais específica, um TMS identifica e avalia alternativas de estratégias e táticas para transporte, determinando os melhores métodos para movimentação do produto, de acordo com as condições existentes. Dentro deste escopo, o TMS seleciona modais, planeja e consolida cargas com outros embarcadores; define rotas para veículos; obtém vantagens com o balanceamento dessas rotas e otimiza o uso dos equipamentos de transporte. Alguns desses sistemas possibilitam a gestão da frota de veículos, sendo possível monitorar combustíveis, pneus, manutenção preventiva e demais custos. A possibilidade de rastreamento da frota é outra importante funcionalidade desse sistema.

Um TMS possui 5 capacidades fundamentais para gestão de transportes, as quais são a base para a sua funcionalidade geral junto às empresas que utilizam esse sistema. São elas:

Gerência Operacional

A operação da gerência de transporte é composta pelos seguintes elementos: planejamento, programação de veículos, gerência de pátio e gestão de transportadoras.

Planejamento – impacta diretamente na eficiência dos transportes. Utilizando como exemplo o modal rodoviário, a capacidade é limitada em relação a peso e volume. Ou seja, deve ser escolhido o melhor veículo, considerando as características da mercadoria e o prazo de entrega. O TMS realizará de forma automática a seleção do melhor veículo, conforme as informações que constam em seu banco de dados (inseridas previamente), relativas às características das mercadorias e dos modais.

A montagem de rotas (roteirização) é outra atividade contemplada no planejamento. A montagem de rotas (roteirização) é outra atividade contemplada no planejamento. Desta forma, a rota será planejada de acordo com as especificações do cliente (prazo e local de destino). Em alguns casos, empresas especializadas em transporte necessitam de softwares mais completos e complexos do que o TMS para essa atividade, a fim de obter o melhor aproveitamento dos caminhões. Também há programas específicos, os quais possuem somente tal funcionalidade.

Dentre as demais atividades do planejamento, podemos citar: cálculo de dimensionamento de equipamentos, cálculo de renovação da frota, montagem de orçamento do transporte, controle orçamentário e análise de variáveis.

Programação de veículos e gerência de pátio – a programação é um processo que ocorre internamente, quando a própria empresa realiza o transporte de suas mercadorias, ou externamente, quando a entrega é realizada por um terceiro. É muito comum haver gargalos no pátio, como veículos aguardando para carregamento ou serem descarregados. Para evitar cenários como esse, programação é a palavra-chave. Realizando o planejamento de cargas, utilização de veículos e programação dos motoristas de forma eficiente.

O planejamento da entrega e da coleta estão relacionados diretamente com a programação dos veículos, já que a programação antecipada das posições ou espaços nas docas evitam tal problema. Atualmente, as empresas estão adotando programações padronizadas, para facilitar o processo de carga e descarga. Outras já realizam agendamentos prévios, assim que ocorre o fechamento do pedido. Por meio do TMS, essas programações e agendamentos podem ser inseridos no próprio software, facilitando o controle.

De forma resumida: atividades como liberação de embarque, ordem de transporte, registro de portaria e de eventos e gestão do motorista contemplam as funcionalidades do TMS na programação de veículos e gerência do pátio.

Gestão de transportadoras – avalia o desempenho dos transportes próprios ou terceirizados. O desenvolvimento da tecnologia da informação contribuiu muito com a melhora da confiabilidade sobre as informações das cargas. O TMS, especificamente, gera informações referentes ao rastreamento das mercadorias, registro de embarque, controle de transbordo, coleta, entrega, além de realizar o cálculo da provisão de frete, emissão da pré-fatura e conferência de fretes.

Consolidação

O método tradicional de consolidação, no qual as cargas eram combinadas, de forma fracionada, a um determinado local, era simples. A relação: carga consolidada X várias cargas individuais (pequenas), gerava economia no transporte, sendo o suficiente para arcar com o manuseio e a entrega (reduzindo o custo total).

Com a mudança para a logística baseada no tempo de resposta, sugiram novos desafios. Todos os atores da cadeia de suprimentos visam reduzir ao máximo o tempo de permanência da mercadoria no estoque, por meio da melhor sincronização entre abastecimento e demanda. O que resulta em pedidos pequenos e mais frequentes, além de, consequentemente, um maior custo com transporte, maior manuseio e congestionamento nas docas.

O controle e planejamento da consolidação de cargas necessita, impreterivelmente, de informações corretas em relação à situação do estoque atual e planejado. Para tal, o TMS facilita esse processo, com informações detalhadas e precisas.

Faturamento de transporte – o TMS permite o cadastro de clientes e terceiros, assim como o cadastro de taxas, tarifas e da rede de transportes credenciada. Por meio do software é possível realizar a requisição de transporte, ordem de coleta, registros de notas fiscais, emissão de conhecimentos, manifestos de carga e emissão de fatura de cobrança dos clientes.

Custo – custos de manutenção e operações. Informações relativas aos custos de manutenção são inseridas de forma integrada pelo sistema de manutenção e suprimentos. Os custos de operações também são alimentados de forma integrada, porém com informações no sistema de operações.

Manutenção – o TMS realiza o controle de componentes dos veículos, como pneu, motor, câmbio etc. Realiza também o controle de garantia de peças e mão de obra em serviços realizados por terceiros (manutenção de veículos, por exemplo).

Suprimentos – controle de materiais em oficinas próprias, controle de requisições e compras.

Negociação

Em qualquer necessidade de transporte, é responsabilidade do respectivo departamento obter o melhor serviço para a empresa (preço e qualidade). Para tal, o TMS irá auxiliar com as informações que constam em seu banco de dados, relativas a transportadoras cadastradas junto à empresa, por exemplo. Dentre as informações que auxiliam no processo de negociação, é possível inserir no TMS: cadastro de transportadoras, rede de transporte, tarifas e taxas (como pedágio).

Controle

O controle está relacionado ao rastreamento, serviços expressos e à administração das horas de serviços dos motoristas.

O TMS possibilita o rastreamento de cargas. Dentre as suas funções, podemos citar a localização de cargas perdidas ou atrasadas.

Os serviços expressos referem-se às solicitações do embarcador à transportadora, a fim de que seja dada prioridade máxima a certos itens, os quais devem ser movimentados o mais rápido possível. Assim que receber tal solicitação, tais informações deverão ser inseridas no TMS, efetivando a prioridade requerida pelo embarcador.

A administração das horas de serviços dos motoristas está relacionada ao planejamento do tempo adequado de descanso deles entre uma jornada de trabalho e outra. Quando a empresa realiza o próprio transporte, o controle das horas de trabalho será responsabilidade do seu departamento de transportes. Já no caso de uma transportadora terceirizada, o controle ficará sob responsabilidade da empresa contratada.

Tal controle será viabilizado por meio das informações que constam no TMS, em conjunto com uma interface de GPS, a qual permitirá verificar percurso realizado no dia pelo motorista e o horário em que foi finalizado, por exemplo.

Gestão de reclamações e auditoria

Os embarcadores podem realizar reclamações nos casos em que o serviço de transporte ou as tarifas não são realizadas de acordo com o acordado. Estas reclamações são identificadas no TMZ, normalmente, como perdas e danos ou sobretarifa/subtarifa.

As reclamações por perdas e danos ocorrem quando o embarcador exige que a transportadora pague de forma parcial ou integralmente as perdas financeiras decorrentes de mau desempenho. Este, por sua vez, ocorre quando o produto é danificado ou perdido durante o processo de trânsito. Já as reclamações por sobretarifa/subtarifa estão relacionadas ao valor cobrado, quando há divergência ou diferença no valor esperado. Normalmente, estas situações são resolvidas por meio de procedimentos de conhecimento de auditoria de frete.

A auditoria de conhecimento de frete é de responsabilidade do departamento de transportes. A complexidade das tarifas de transportes amplia a probabilidade maior de erro em relação à maioria das outras decisões de compra, por exemplo. Há dois tipos de auditoria:

Pré-auditoria: determina as tarifas adequadas antes do pagamento de conhecimento de frete.

Pós-auditoria: realiza o mesmo procedimento da pré-auditoria, mas após o pagamento.

A auditoria pode ser interna (realizada pelos próprios funcionários da empresa), ou externa (quando realizada por empresas especializadas em auditoria de frete – atuando com especialistas para determinados grupos de produtos).

Uma ferramenta que auxilia na minimização das reclamações é o rastreamento, o qual permite rastrear em tempo real a mercadoria. Este tipo de acompanhamento pode gerar maior tranquilidade no processo de transporte.

Rastreabilidade

A rastreabilidade está relacionada à localização de cargas, quando, por alguma circunstância, houver desvio ou atraso por parte da rede de transporte. Tais situações podem ocorrer pelo mal planejamento da rota, por conta do trânsito (grande fluxo de carros e acidentes na via), falta de manutenção do veículo que está realizando o transporte, roubo de carga etc. As grandes transportadoras, em especial, mantêm rastreamento on-line para auxiliar os embarcadores a localizar determinada carga.

Sempre que uma situação dessas ocorrer, o processo de rastreamento deverá ser iniciado pelo departamento de transportes do embarcador. Após o seu início, caberá à transportadora fornecer as informações desejadas à empresa que a contratou (ao embarcador).

O rastreamento é uma ferramenta disponível tanto para o controle interno das transportadoras como para controle externo (para os clientes – embarcadores e cliente final). Dentre os benefícios proporcionados, podemos citar:

Maior controle em relação ao status do pedido – por meio dessa ferramenta, o cliente consegue verificar onde está o seu pedido e se ele será entregue dentro do prazo solicitado.

Redução das ligações e reclamações junto ao SAC - o cliente que tem acesso ao rastreamento ou que recebe informações a respeito do deslocamento do seu pedido (por e-mail ou SMS, por exemplo), não necessitará entrar em contato com o SAC da transportadora. Caso seja necessário, o SAC, por sua vez, poderá detalhar informações, como o motivo de determinado pedido não ter sido entregue e com a comprovação de entrega (para quem foi entregue). Há, inclusive, a automatização do processo logístico.

Evita o reenvio de mercadorias (reentregas) – notificar o cliente que o seu pedido vai chegar. Desta forma, possibilita a preparação para o recebimento, por exemplo, do departamento responsável por realizar a conferência da carga. O rastreamento é fundamental em casos de atrasos, pois estas situações nunca são positivas, mas, se o cliente for notificado, isto passará uma maior confiança, além de permitir que ele se reorganize para receber a carga no novo prazo.

Mensurar a eficiência das transportadoras – a rastreabilidade possibilita a mediação do desempenho das entregas, sobretudo se estão sendo realizadas dentro dos prazos.

Melhora o controle da logística reversa – neste caso, tratamos do cliente final, aquele que compra um produto pela internet e o devolve por conta de uma avaria, pois este tipo de cliente merece uma atenção especial, uma vez que já está sensível por conta da sua insatisfação. A rastreabilidade pode minimizar tal situação. Desta forma, o cliente deve ser atualizado, desde o retorno da mercadoria com avaria à empresa até o momento de envio de um novo produto para a sua residência.

Portanto, podemos perceber que a rastreabilidade melhora o relacionamento embarcador-transportadora-cliente final ou, no caso das empresas que realizam a entrega de seus produtos, empresa-cliente final. Saber que o seu pedido está a caminho e onde ele está, diminui a ansiedade, seja para funcionários de uma empresa, os quais necessitam receber o quanto antes um insumo para dar andamento à produção (temos prazos), ou para clientes finais, pois quando estes compram, por exemplo, um celular pela internet, ficam ansiosos tanto por recebê-lo quanto por conferir se o produto está de acordo com as expectativas (dentro do prazo, produto correto e sem avarias). Esses sistemas automatizam a logística e, consequentemente, elevam o nível de satisfação dos clientes. Esta que é a razão da existência de qualquer empresa.

Sobre impacto interno da rastreabilidade junto às empresas, é necessário destacar o seu papel importante dentro do gerenciamento de riscos, o qual veremos a seguir. Veremos a seguir de que maneira o rastreamento auxilia nesse processo.

Gerenciamento de risco

O gerenciamento de risco está relacionado a qualquer ameaça de interrupção do funcionamento da cadeia de suprimentos. Como o foco deste estudo é o transporte, vamos verificar os riscos inerentes a essa importante atividade logística.

Conforme vimos no início do nosso conteúdo, sistemas de gestão como o TMS fornecem uma série de informações para controle da frota. Dentre as quais (relembrando) podemos citar: controle de manutenção dos veículos, de componentes como pneu, motor, câmbio etc. Tal controle é necessário para manter a “saúde” da frota, a qual fará com que o produto da empresa chegue até o cliente final.

Imagine que por falta de manutenção, o caminhão de uma transportadora que está levando uma grande quantidade de carne a uma rede de supermercados simplesmente para de funcionar durante o trajeto. Para resolver essa situação, seria necessário deslocar outro caminhão, respectivamente outro motorista, ou seja, gerando mais custo à empresa em uma única entrega.

Posteriormente, o caminhão estragado é encaminhado para conserto em uma mecânica terceirizada. No local, verifica-se que o motor do veículo (que já possui 3 anos de uso) fundiu por conta do óleo e do filtro de óleo nunca terem sido trocados. Como podemos perceber, a empresa teve dois custos não previstos com esse caminhão:

1.º Teve que descolocar outro veículo para dar andamento à entrega das carnes, sendo que este poderia ser encaminhado para outra entrega (se a empresa possui uma frota reduzida, é um problema).

2.º Teve um maior custo para conserto do veículo, sendo que a simples manutenção preventiva seria menor.

Dentro do escopo do gerenciamento de risco, ainda podemos citar a roteirização com restrição de capacidade e jornada máxima de trabalho. Ambas as atividades visam que cada veículo realize o transporte de acordo com a sua capacidade, assim como o motorista tenha o período adequado de descanso, a fim de evitar avarias às mercadorias, acidentes de trânsito e manter a integridade física do seu colaborador. Além de fornecer informações relativas a pedágios (valor e locais em que se encontram ao longo do trajeto escolhido).

A rastreabilidade, a qual já mencionamos, também é uma ferramenta de gerenciamento de risco, uma vez que o roubo de cargas é muito comum em países como o Brasil. No momento que a empresa possui um sistema de rastreamento on-line, é possível verificar quando ocorrer mudança na rota prevista inicialmente, sendo possível, preventivamente, tomar as medidas necessárias (como acionar a polícia, se necessário).

Como podemos perceber, o objetivo primordial do gerenciamento é evitar o sinistro, sendo assim é comum que toda a carga transportada tenha seguro. As apólices de seguros irão garantir a continuidade das operações da empresa em casos de roubos ou acidentes. Para auxiliar nesse processo, um eficiente software TMS irá realizar a averbação do seguro de carga de forma integrada e automática junto à seguradora da empresa, evitando o esquecimento. Já que deve ser realizada antes do início da operação de transporte.

Sistemas integrados como o TMS ainda contribuem com o gerenciamento de risco fornecendo a navegação por GPS a motoristas, orientando a realização do caminho mais adequado, evitando que a carga fique parada no trânsito por conta de congestionamentos ou outra circunstância.

A tecnologia irá avançar cada vez mais e auxiliar os profissionais de logística, mas, antes de aprender a utilizar essas ferramentas, é necessário conhecer muito bem a legislação de cada país. Este conhecimento deve ser compartilhado desde o nível gerencial até o profissional que está na ponta da operação, como o motorista. A simples ausência dos documentos obrigatórios na movimentação da carga, por exemplo, já gera multa no Brasil. Utilizar caminhão com documento (IPVA) vencido, corresponde a apreensão do veículo, com carga e tudo (além de multa). Estas são situações simples, mas que exemplificam bem o quanto é importante ter tal conhecimento (em todos os níveis da empresa) para que o gerenciamento de risco tenha sucesso.

Podemos perceber, mais uma vez, o quanto a tecnologia é uma aliada estratégica da logística. Em uma época de tecnologias de geolocalização, como o Google Maps, não podemos mais trabalhar sem informação atualizada. Torna-se imperativo que a frota de sua empresa seja monitorada a distância. Muitos dos sistemas que oferecem a tecnologia de rastreamento, por exemplo, também realizam o planejamento inteligente de rotas, evitando que o caminhão retorne vazio e considerando os índices de roubo em cada trajeto. Ou seja, o investimento em tecnologia não é uma opção, o transporte vai muito além do que levar uma carga de um ponto a outro. Há muitas situações envolvidas, e investir em tecnologia integrada, economiza tempo, evita retrabalho, esquecimento e erros.

Transporte e movimentação de cargas: modais, ferramentas, princípios e documentação

Unitização de cargas, transporte e cargas completa e fracionada

Vamos falar sobre um tema que faz parte do dia a dia dos armazéns: a unitização de cargas e transporte. Este termo não é novo, mas vale relembrar que unitizar é algo bem comum nos armazéns das empresas, pois é a união de cargas diversas em um só volume para facilitar e agilizar o transporte de mercadorias. Observe na figura 1, várias caixas embaladas com um plástico, estão agrupadas em um só volume, isso é unitizar.

A unitização é um serviço logístico que consiste no agrupamento dos produtos em volumes unitários ou paletes, no qual são fixados uns aos outros em cargas individuais e de mesmo formato, dando mais agilidade no embarque e desembarque da mercadoria.

Várias caixas agrupadas em um único volume sobre um palete. 

A unitização de cargas remete a uma imagem de “colocar toda a carga junto”, porém, quando os volumes, os pesos, formatos e os tamanhos são diferentes, isso se torna um desafio. Pois é preciso uma transformação desses volumes, pesos, formatos e tamanhos diferentes de cargas em uma unidade uniforme, permitindo um melhor aproveitamento dos espaços no armazém e também os espaços de carga.

O tamanho das novas unidades dependerá dos veículos utilizados ou do espaço dos centros e armazéns de distribuição e movimentação, é importante também saber que cada modal exige um tipo de embalagem diferente, sempre com o objetivo de que a mercadoria chegue ao destino da mesma forma que saiu da empresa.

Quais as vantagens da unitização?

São muitas as vantagens do uso de cargas unitizadas, por exemplo, como a redução do tempo de carga e descarga, aproveitamento melhor do uso do espaço nas instalações de armazenagem, redução dos custos de mão de obra, redução de extravios e roubos etc.

A unitização é um desafio, por isso, são necessários treinamentos com o pessoal da armazenagem e também novas embalagens e maquinário adequados com as unidades de carga a serem manuseadas, bem como softwares de gestão para controlar essas cargas unitizadas e um bom sistema de rastreamento.

Dois exemplos de cargas unitizadas, muito utilizadas nas empresas, são os contêineres e os paletes, mas existem outros tipos, dependendo do formato das mercadorias, da embalagem e do tipo de transporte. São elas:

Carga conteinerizada

O nome conteinerizada vem de contêiner, logo a conteinerização é o acondicionamento da carga em contêiner.

Esse tipo de unitização é muito utilizado no transporte marítimo. Como esse transporte é o mais lento de todos, às vezes, as cargas demoram no porto aguardando outro embarque, como resultado a embalagem precisa aumentar a vida na prateleira para produtos perecíveis, por exemplo, nesse caso o contêiner é a melhor opção, já que muitos deles têm refrigeração e mantêm a temperatura controlada.

A unitização é uma maneira prática de movimentar as mercadorias em um armazém, pois reúne mercadorias de tamanho, peso e formato diferentes em volumes unitários, dando agilidade e segurança.

Cada empresa deverá decidir qual o método de unitização será empregado. Cada caso é um caso, dependerá muito de qual produto a empresa irá movimentar, e se o melhor é movimentar uma carga unitizada do que uma carga solta.

Agora que você já conheceu mais sobre a unitização, esperamos que em sua prática cotidiana você possa contribuir com esses conceitos na empresa onde trabalha.

Transporte e movimentação de cargas: modais, ferramentas, princípios e documentação

Transporte e ciclo do pedido

Dentre as atividades oferecidas pelas empresas que representam o nível de serviço, está a administração do ciclo do pedido. Vamos, neste momento, conhecer o que representa esta atividade para as empresas.

O ciclo do pedido é um conjunto de atividades que devem ser realizadas para que os produtos solicitados pelos clientes possam ser entregues no nível de serviço contratados. Desta forma, algumas atividades são exigidas para o bom desenvolvimento deste processo, dentre elas, administrar e acompanhar.

Assim sendo, administrar e acompanhar todas as etapas do ciclo do pedido faz com que a empresa consiga melhorar seus indicadores de desempenho, fator importante nos dias de hoje, pois é mediante o acompanhamento que ampliamos a possibilidade de melhorias em todos os serviços prestados. Portanto, é fundamental observar em que medida a empresa satisfaz ou não seus clientes.

A seguir estão listadas as principais etapas compreendidas no ciclo do pedido, desde a solicitação do cliente até a efetiva entrega. Em cada uma destas etapas, algumas atividades são realizadas. Observe quais são:

1º - Cliente faz o pedido - A primeira etapa é o momento em que o cliente decide comprar os produtos e/ou adquirir os serviços do seu fornecedor, realizando assim o pedido. Essa etapa marca o início de toda transação. 2º - Entrada do pedido – A segunda etapa do ciclo ocorre quando o cliente transmite o pedido para o fornecedor. Essa transmissão acontece de diversas maneiras, desde as mais simples – por e-mail, telefone e fax – até as mais tecnológicas possíveis – sistemas de gestão EDI (Electronic Data Interchange) e ERP (Enterprise Resource Planning) etc. 3º - Processamento do pedido – No processamento do pedido é fundamental a realização de algumas atividades. Por exemplo: analisar as informações que estão descritas no pedido (produtos, quantidades, preços etc.); conferir a disponibilidade dos itens em estoque e organizar a documentação necessária para a realização do faturamento. 4º - Montagem do pedido – Esta etapa destaca-se pelas atividades físicas ao longo do seu conjunto. Por exemplo: separar e organizar os produtos para o embarque, de acordo com o pedido solicitado pelo cliente; realizar a programação do embarque do pedido, analisando alguns dados como peso, volume, quantidades de pallets e também preparar os documentos para o embarque. 5º - Transporte – A etapa de transporte é uma das mais importantes dentro do ciclo do pedido, pois é nela que os pedidos serão transportados para ser entregues ao seu destino final. Acompanhar e localizar o pedido ao longo do transporte, comunicar o cliente a localização exata do pedido e informar a sua previsão de entrega são atividades indispensáveis nesta etapa. 6º - Pedido recebido: O ciclo se completa nesta etapa, pois é o momento em que o pedido é recebido pelo cliente.

1º- Cliente faz o pedido

A primeira etapa é o momento em que o cliente decide comprar os produtos e/ou adquirir os serviços do seu fornecedor, realizando assim o pedido. Essa etapa marca o início de toda transação.

2º- Entrada do pedido

A segunda etapa do ciclo ocorre quando o cliente transmite o pedido para o fornecedor. Essa transmissão acontece de diversas maneiras, desde as mais simples – por e-mail, telefone e fax – até as mais tecnológicas possíveis – sistemas de gestão EDI (Electronic Data Interchange) e ERP (Enterprise Resource Planning) etc.

3º- Processamento do pedido

No processamento do pedido é fundamental a realização de algumas atividades. Por exemplo: analisar as informações que estão descritas no pedido (produtos, quantidades, preços etc.); conferir a disponibilidade dos itens em estoque e organizar a documentação necessária para a realização do faturamento.

4º- Montagem do pedido

Esta etapa destaca-se pelas atividades físicas ao longo do seu conjunto. Por exemplo: separar e organizar os produtos para o embarque, de acordo com o pedido solicitado pelo cliente; realizar a programação do embarque do pedido, analisando alguns dados como peso, volume, quantidades de pallets e também preparar os documentos para o embarque.

5º- Transporte

A etapa de transporte é uma das mais importantes dentro do ciclo do pedido, pois é nela que os pedidos serão transportados para ser entregues ao seu destino final. Acompanhar e localizar o pedido ao longo do transporte, comunicar o cliente a localização exata do pedido e informar a sua previsão de entrega são atividades indispensáveis nesta etapa.

6º- Pedido recebido

O ciclo se completa nesta etapa, pois é o momento em que o pedido é recebido pelo cliente.

Durante cada uma das etapas listadas, deverá existir muito controle e acompanhamento, pois o ciclo só se completa quando o cliente recebe o seu pedido, de acordo com o que ele solicitou, sem itens faltando, avarias, atraso na entrega etc.

Com a missão de garantir a satisfação dos clientes, a distribuição física, ou seja, o transporte, como falamos anteriormente, é fator essencial para analisarmos o quanto a empresa está entregando os pedidos na hora certa e no local correto. O transporte pode fazer a diferença competitiva para uma empresa, pois é a área operacional da logística que realiza a movimentação e o posicionamento dos estoques. Devido à sua importância fundamental e ao custo visível, o transporte tradicionalmente tem recebido considerável atenção dos gestores.

No Brasil, ele representa dois terços do custo logístico, então, é evidente que os gestores estão atentos às políticas de estoque, as quais podem definir uma maior frequência de entrega de produtos e os meios de transportes mais adequados.

A necessidade de transporte pode ocorrer de acordo com três maneiras básicas:

1º - A empresa pode ter uma frota particular de veículos e/ou caminhões.

2º - A empresa pode contratar serviços terceirizados.

3º - A empresa pode contratar transportadoras que prestam diversos serviços conforme os tipos de cargas.

A consistência do transporte refere-se às variações no tempo, necessárias para realizar uma movimentação específica, em certo número de carregamentos, e representa segurança do transporte. Os gerentes de transporte têm identificado a consistência e a velocidade como o atributo mais importante do transporte de qualidade.

Mas, de que forma essa consistência é analisada?

Se um envio entre dois locais leva três dias na primeira vez e seis na seguinte, a variação inesperada pode gerar sérios problemas operacionais para a cadeia de suprimentos.

Dessa forma, utilizando a tecnologia da informação, os profissionais logísticos acompanham e controlam as entregas, informando os clientes sobre a situação dos pedidos de maneira rápida e instantânea.

Mesmo com todo esse controle, alguns problemas podem ocorrer durante o transporte dos pedidos, nesse sentido, mapear os erros e solucioná-los de forma rápida e eficaz também representa uma das atividades que os profissionais de logística devem desenvolver.

Problemas e soluções que podem ocorrer durante o transporte

Não realizar o planejamento do transporte

O planejamento é essencial em todas as áreas. E no transporte não é diferente.

É necessário planejar as entregas para que os objetivos sejam alcançados. Realizar um plano de ação traçando as rotas geograficamente e o melhor caminho para que os produtos cheguem até o cliente dentro do prazo estimado. Esse plano de ação deve ser desenvolvido em curto, médio e longo prazo, informando a melhor rota a ser seguida.

Observe um exemplo na prática

Imagine que a sua empresa necessita entregar um lote de matéria-prima para um cliente novo. O prazo de entrega combinado foi de 7 dias. Porém, ocorreu atraso na entrega devido a falta de planejamento de rota, ocasionando um atraso de 2 dias. Esse problema irá influenciar diretamente nos processos de seu cliente, impactando no tempo do ciclo do pedido e o transporte do mesmo.

Não realizar o rastreamento e controle dos pedidos

Não utilizar embalagens adequadas para o acondicionamento dos produtos

Formas de controle de transporte

Existem diversas formas de controle de transporte, desde as mais simples até as mais tecnológicas possíveis. A seguir, temos alguns exemplos:

Planilhas de controle de transportes

As planilhas de controle de transporte auxiliam no gerenciamento de toda a frota. Por meio dessas planilhas é possível observar qual a melhor rota para ser seguida de forma que os pedidos sejam entregues rapidamente.

Veja abaixo os itens de uma planilha de controle de transporte.

Frequência de entrega

Data inicial

Total da NF

Número da NF

Código do veículo

Nome do motorista

Data prevista de entrega

Tipo do veículo

Melhor rota

Tempo de atraso

Marca do veículo

Cliente

Motivo do atraso

Modelo

Endereço de entrega

Responsável pelo recebimento

Cor

Telefone

Informações adicionais

Sistema de gestão TMS (Transportation Management System)

O TMS é um sistema que realiza o gerenciamento do transporte e proporciona qualidade, exatidão e produtividade de todos os processos de distribuição. Ele faz a gestão do transporte de maneira integrada.

Dentro das etapas do ciclo do pedido está o transporte. O transporte é a atividade logística mais significativa, pois consome, em média, dois terços dos custos logísticos. Entregar os produtos ao seu destino final, quer seja ao consumidor final, ao varejo ou ao atacado, de forma rápida e eficaz é um dos maiores objetivos das empresas. O objetivo é alcançar a satisfação dos clientes.

Transporte e movimentação de cargas: modais, ferramentas, princípios e documentação

Princípios de roteirização

A roteirização é um assunto muito relevante para a operação de um negócio. O seu conceito significa criar estratégias ou adotar métodos para que o modal escolhido chegue até o seu destino o mais rápido possível (no menor percurso) por meio de uma rota pré-estabelecida e, com isso, gere menores custos de operação ao mesmo tempo que respeita as restrições impostas pelo processo.

A escolha da melhor rota de transporte passa pelo estudo do roteiro de viagem ideal, com base nas estratégias planejadas. Podemos utilizar algumas filosofias de gerenciamento que visam maior eficiência e eficácia nos processos de roteirização, como: PDCA (planejar, direcionar, controlar e atuar), Kaizen (melhoria contínua), Lean (manufatura enxuta), entre outras. Resumidamente, busca-se por meio da atividade de roteirização alcançar dois indicadores básicos, que são eles:

Menos tempo de deslocamento e menor distância percorrida é igual a maior qualidade do serviço e menos custos.

Se a empresa conseguir atingir os dois fatores acima em sintonia com as restrições impostas, significa que ela está no caminho certo. Portanto, é primordial definir sabiamente o modal correto para que o processo de roteirização tenha sucesso, assim, como analisar estrategicamente cada restrição à procura do melhor processo. Nesse sentido, diminuir os gastos com transporte qualificando o nível de serviço ofertado ao cliente por meio da definição dos melhores roteiros de viagem utilizando os canais disponíveis (rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e/ou aéreo) passa a ser uma das metas deste processo.

Analisaremos o processo de roteirização com foco no modal rodoviário, visto que trata-se da modalidade de transporte mais utilizada no país, representando 61,1% total da matriz brasileira de transporte segundo a Confederação nacional do transporte – CNT.

Com base nesse cenário, hoje, as empresas do país possuem limitadores de “escolha” quando precisam decidir qual o melhor modal de transporte a ser utilizado, isso é devido à falta de investimento em infraestrutura logística, para a melhoria dos modais secundários (ferroviário, aquaviário, aeroportuário e dutoviário).

Devido a isso, a dependência do modal rodoviário acaba encarecendo o custo do transporte quando poderíamos simplesmente utilizar outro modal, só que não podemos. Analisando com mais profundidade a roteirização pelo modal rodoviário, devemos sempre lembrar que reduzir a distância percorrida e o tempo de entrega e/ou coleta são os principais objetivos da atividade de roteirização e, que ao serem atingidos, geram automaticamente valor agregado para o cliente e para o negócio.

Restrições

Durante o trânsito (velocidade máxima da vida, horários para carga/descarga, peso e tamanho máximo dos veículos nas vias, entre outras).

Objetivos

Focam em gerar valor agregado para o cliente otimizando rotas ao mesmo tempo que reduz custos de operações para o negócio.

Decisões

Envolvem estratégias a serem adotadas quanto ao roteiro/programação de visitas (entregas/coletas e sua sequência), compra e a manutenção dos veículos, definição da escala dos motoristas, ajudantes logísticos, etc.

Para planejar uma estratégia de roteirização, siga os seguintes passos:

Identifique as restrições

É primordial em um bom projeto de roteirização identificar as possíveis “restrições” a esta atividade, do contrário, não será possível gerar valor agregado para o cliente por meio da otimização de rotas e melhora na qualidade do serviço de distribuição logística, ao mesmo tempo em que se diminui os gastos com a operação.

Nesse contexto, o grande desafio é harmonizar todas as possibilidades de restrições que existem em uma determinada rota, sem perder a qualidade na execução do processo. Veja alguns dos principais fatores ou Restrições que devemos controlar:

Horários para carga e descarga (janela de horários)

Prioridade na entrega

Tipo de transporte X tipo de mercadoria (restrições de acondicionamento (exemplo: temperatura), segurança e meio ambiente)

Velocidade máxima do transporte cuidando: consumo de combustível, peso de carga transportada etc.

Tamanho máximo do veículo em cada via

Peso por via e por veículo (peso ou massa)

Índice de ocupação dos veículos (cubagem ou volume)

Velocidades máximas diferentes em cada localidade

Tempo limite conduzindo o veículo em cada roteiro (motorista)

Condições climáticas (chuva, neve, vento, neblina etc.)

Bloqueios, engarrafamentos, desvios, pedágios

Intervalos para descanso do motorista

Locais proibidos de circular e estacionar

Sinistros ou roubos de carga (gerenciamento de risco)

Veículos proibidos de circular em via pública em horário comercial

Condutor responsável (treinamento dos motoristas sobre: condições mecânicas do veículo (nível de combustível, do óleo, condições dos pneus)

Por meio de simuladores ou softwares de roteirização é possível elaborar diversos cenários na busca por um bom equilíbrio entre as restrições impostas e a construção de trajetos assertivos.

Escolha a estratégia de elaboração/criação

Com uma boa estratégia de elaboração/criação de roteiros é possível simular as melhores rotas de distribuição, reduzindo assim o tempo e a distância percorrida, e organizar o calendário de entrega/coleta de forma a evitar possíveis gargalos da operação (cruzamento de rotas). Assim, uma boa estratégia é sempre começar por um ponto específico e sistematicamente ir ligando cada um dos outros pontos de visita naquele que estiver mais próximo do ponto anterior, isto é, ao seu vizinho.

Evitar o cruzamento entre rotas e assim harmonizar as janelas de tempo de entrega e/ou coleta de cada visita, trata-se de uma restrição que precisa ser ponderada no momento de elaborar a melhor estratégia de transporte. O planejamento periódico é essencial nesse caso, pois, é por meio dele que as empresas conseguem gerenciar com mais assertividade as diferentes variáveis que afetam o dia a dia das transportadoras, como: condições do trânsito e das vias de circulação.

Defina o método para melhorias no processo

Existem algumas metodologias para elaboração de rotas que podem ser utilizadas para aumentar a eficiência dos processos de roteirização, contudo, independentemente do método escolhido, o foco principal será sempre retirar do roteiro os “nós” que aumentam o tempo de trajeto (jogando-os para um outro roteiro) e, com isso, gerar melhorias no processo. Dentre as principais metodologias temos:

Ponto de origem e destino coincidentes Ponto de origem e destino diferentes ou múltiplos

Método de varredura Rota mais curta

Inserção do ponto mais distante Milk run

Ponto de origem e destino coincidentes

Método de varredura

O método de varredura é bem simples de ser utilizado, contudo, não é tão preciso como os métodos de análise linear computadorizados (por exemplo: método de Clarke e Wright) no qual o conceito de ganho é mais abrangente. Quando se trata de ponto de origem e destino coincidentes esta situação é conhecida como: “O problema do caixeiro viajante”.

Como este método funciona?

Toma-se o armazém, depósito ou CD como centro do eixo

Girar o eixo em volta do CD (pode ser no sentido horário ou anti-horário)

Ponderar se o cliente pode participar do roteiro

Questionar se o tempo de visita ao novo cliente excederá a jornada de trabalho do roteiro já estipulado

Verificar se a quantidade de carga a ser transportada excederá ou não a capacidade do transporte

Caso o cliente não possa ser incluído no novo roteiro, encerra-se o roteiro e começasse outro novo

Inserção do ponto mais distante

O método de inserção do ponto mais distante também é bem simples de ser utilizado em situações em que o ponto de origem e destino são coincidentes. É muito usada como uma ferramenta de apoio para traçar roteiros evitando cruzamento entre rotas sem conflitar com as restrições impostas. Tanto o método de varredura como métodos lineares ou heurísticos utilizam esse princípio para evitar a intersecção entre roteiros já estabelecidos.

Como este método funciona?

Toma-se um ponto de partida (geralmente o próprio CD)

Escolhe-se o ponto mais distante do ponto de origem

Em seguida procura-se o próximo ponto mais distante e assim por diante até preencher todos os pontos de visita e triangular o melhor trajeto

Ponto de origem e destino deferentes ou múltiplos

Rota mais curta

O método de rota mais curta também é muito simples de ser elaborado, o qual foca em um ponto de origem e um ponto destino diferentes ou múltiplos, em que por meio da medições e acompanhamentos de trajeto é possível identificar a rota mais curta de forma manual ou por meio de software. O problema desse método é que ele não se adapta a todas as restrições. Por exemplo: suponhamos que no trajeto mais curto tenha uma janela de horário, que não permita ser entregue a mercadoria. Nesse caso, a restrição de horário imposta colocaria o método de rota mais curta como uma alternativa ruim, na qual o cliente teria que adaptar sua agenda para receber a transportadora no horário combinado por ela, além de estar sujeito também a fatores externos (trânsito, desvios etc.).

Identifica-se a distância a ser percorrida por diferentes trajetos possíveis

Softwares logísticos também são ótimas ferramentas que auxiliam na melhoria dos processos. Nesse contexto, o TMS – Transportation management system ou sistema de gerenciamento de transporte proporciona um maior controle de todas as restrições (definir a melhor rota, administrar o tempo de cada visita ou trajeto como um todo e a reformulação de rotas no caso de eventos inesperados – gerenciamento de riscos). Todos os sistemas de gerenciamento de transporte ofertam controles para uma melhor roteirização, sendo extremamente recomendados em casos que a origem e o destino são múltiplos, o que exige cálculos mais complexos para definir a melhor rota. Nesse caso, tudo passa pelo levantamento de dados que são fornecidos ao sistema e que por sua vez, utiliza algoritmos estatísticos (programação linear) ou em outros casos métodos heurísticos (investigar/descobrir por meio de interpolações a solução para determinado problema, que neste caso é a melhor rota).

Com base nestas restrições, o profissional de logística responsável pela roteirização terá que pensar em estratégias e tomar decisões que sejam as mais assertivas possíveis. Nesse contexto, ele deverá controlar dados levantados por meio de algoritmos estatísticos ou softwares específicos, visando se municiar de informações que otimizam o processo de roteirização (em tempo, distância e custo), resultando em um maior controle gerencial na hora de decidir a formação da carga (quais pedidos serão alocados em cada veículo), qual a sequência de entrega para cada veículo e quais serão as rotas de cada veículo irá fazer.

Como exemplo de modelo que usa algoritmos, temos o conhecido Método de Clark e Wright ou Método das “Economias”, que é comumente utilizado nos softwares de roteirização. Ele tem por característica ser utilizado em trajetos onde não tem um número muito elevado de paradas, com o objetivo de otimizar a distância e o tempo de trajeto de acordo com variados tipos de restrições e, com isso, reduzir o número de veículos utilizados no trajeto, gerando assim maior qualidade e redução dos custos.

Milk Run

Uma ótima estratégia para otimizar o processo de roteirização é formar parcerias, por meio da utilização de um ou mais CD, proporcionando maior agilidade e eficiência na operação.

Por meio desta metodologia, usando um sistema de distribuição centralizador, a roteirização pode funcionar como uma via de mão dupla, a qual é mais conhecida como Milk Run ou Corrida do Leite. Este modelo de distribuição e roteirização começou a ser adotado em fazendas de produção de leite e que direcionavam suas coletas para um ponto específico, facilitando o recolhimento do leite produzido e a devolução dos recipientes vazios que já tinham sido utilizados, o que otimizava o processo de distribuição reduzindo o tempo de entrega.

A mercadoria será distribuída para os varejistas ou consumidores por meio de um processo mais rápido do que o convencional, isto é, a entrega que é realizada diretamente sem a utilização de um CD.

Hoje, a estratégia do Milk Run consiste na distribuição de mercadorias, em que no momento em que se entrega um determinado produto, se recolhe automaticamente outras mercadorias que foram devolvidas pelos clientes e precisam retornar para os fabricantes. Esse procedimento agiliza o processo de distribuição de mercadorias (entrega e devolução), ao mesmo tempo em que reduz os custos ao economizar o transporte.

Os CDs auxiliam, e muito, o processo de roteirização e distribuição de mercadorias. Com a adoção dos CDs a área responsável por fazer as compras de materiais e mercadorias poderá ser centralizada (integrada), refletindo diretamente na diminuição dos gastos logísticos e na otimização do roteiro entre diversas empresas que compõem uma determinada rede de negócios ou cadeia logística.

Os sistemas de roteirização tem a capacidade de traçar harmoniosamente os pontos de entrega, descobrindo a melhor composição de cargas ao aproveitar a capacidade total do transporte, identificando a melhor sequência de visitas de acordo com a janela de horários, assim como, a oportunidade de reprogramação de rotas se necessário.

Benefícios da boa roteirização

Entregas ágeis

Capacidade de entrega aumentada sem comprometer os custos

Melhora do índice de ocupação dos veículos

Otimização das escalas de trabalho (gerenciamento da jornada de trabalho, diminuindo as horas extras e respeitando a legislação)

Redução/economia dos custos logísticos (combustível, consumo de pneu, manutenção etc.)

Maior controle e agilidade no processo de carga e descarga ou crossdocking

Segundo Ballou (2006, p. 199 - 201) existem oito princípios básicos para a estruturação de uma boa roteirização e programação de veículos, são eles:

  • Carregar os caminhões com volumes destinados a paradas que estejam mais próximas entre si (proximidade é tudo).
  • Paradas em dias diferentes devem ser combinadas para produzir agrupamentos concentrados
  • Comece os roteiros a partir da parada mais distante do depósito.
  • O sequenciamento das paradas num roteiro de caminhões deve ter a forma de uma lágrima (gota d’água).
  • Os roteiros mais eficientes são aqueles que fazem uso dos maiores veículos disponíveis (aproveitar ao máximo o espaço disponível no veículo é essencial).
  • A coleta deve ser combinada nas rotas de entrega em vez de reservada para o final dos roteiros.
  • Uma parada removível de um agrupamento de rota é uma boa candidata a um meio alternativo de entrega (nova rota).
  • As pequenas janelas de tempo de paradas devem ser evitadas.

Já as características que definem um roteiro como ruim, são as seguintes:

  • Caminho cruzado: uma regra básica na construção de roteiros é nunca cruzar os caminhos utilizados, pois, perde-se em eficiência e eficácia no processo de entrega.
  • Ponto removível (distante demais): é o típico caso em que um ponto de entrega extremamente distante dos demais é agregado ao roteiro, resultando em perda de tempo e aumento dos gastos com deslocamento.
  • Rotas sobrepostas: quando temos rotas distintas sobrepostas. Nesse caso, desrespeitamos uma regra básica na construção de roteiros, que é nunca cruzar os trajetos.
  • Caminhões carregados para rotas distantes: é sempre melhor definir rotas de entrega próximas e, quando existir pontos distantes, encaminhar de preferência apenas um veículo para atender a região, pois, do contrário, gera-se mais gastos com o processo de entrega ao mesmo tempo em que se perde eficiência operacional.

Do ponto de vista macroeconômico, gerar receitas está cada vez mais difícil, o que leva os gestores a criar alternativas que possam manter suas margens de lucratividade como estão, mesmo com receitas menores (isso só é possível por meio da redução os gastos).

Assim, finalizamos a nossa reflexão sobre princípios da roteirização logística. Percebemos, que a identificação das restrições é a parte principal do processo, pois somente assim, podemos definir com mais assertividade a melhor estratégia e/ou método a ser utilizado. Agora, você já sabe que o processo de roteirização possui como principal objetivo reduzir custos e otimizar processos, e isso só é possível por meio da reformulação e melhoria de processos e da construção de parcerias com clientes, fornecedores, transportadoras, operadores logísticos, entre outros elementos.

Escolha a estratégia de elaboração/criação

Com uma boa estratégia de elaboração/criação de roteiros é possível simular as melhores rotas de distribuição, reduzindo assim o tempo e a distância percorrida, e organizar o calendário de entrega/coleta de forma a evitar possíveis gargalos da operação (cruzamento de rotas). Assim, uma boa estratégia é sempre começar por um ponto específico e sistematicamente ir ligando cada um dos outros pontos de visita naquele que estiver mais próximo do ponto anterior, isto é, ao seu vizinho.

Evitar o cruzamento entre rotas e assim harmonizar as janelas de tempo de entrega e/ou coleta de cada visita, trata-se de uma restrição que precisa ser ponderada no momento de elaborar a melhor estratégia de transporte. O planejamento periódico é essencial nesse caso, pois, é por meio dele que as empresas conseguem gerenciar com mais assertividade as diferentes variáveis que afetam o dia a dia das transportadoras, como: condições do trânsito e das vias de circulação.

Defina o método para melhorias no processo

Existem algumas metodologias para elaboração de rotas que podem ser utilizadas para aumentar a eficiência dos processos de roteirização, contudo, independentemente do método escolhido, o foco principal será sempre retirar do roteiro os “nós” que aumentam o tempo de trajeto (jogando-os para um outro roteiro) e, com isso, gerar melhorias no processo. Dentre as principais metodologias temos:

Ponto de origem e destino coincidentes Ponto de origem e destino diferentes ou múltiplos

Método de varredura Rota mais curta

Inserção do ponto mais distante Milk run

Ponto de origem e destino coincidentes

Método de varredura

O método de varredura é bem simples de ser utilizado, contudo, não é tão preciso como os métodos de análise linear computadorizados (por exemplo: método de Clarke e Wright) no qual o conceito de ganho é mais abrangente. Quando se trata de ponto de origem e destino coincidentes esta situação é conhecida como: “O problema do caixeiro viajante”.

Ponderar se o cliente pode participar do roteiro

Questionar se o tempo de visita ao novo cliente excederá a jornada de trabalho do roteiro já estipulado

Verificar se a quantidade de carga a ser transportada excederá ou não a capacidade do transporte

Caso o cliente não possa ser incluído no novo roteiro, encerra-se o roteiro e começasse outro novo

Inserção do ponto mais distante

O método de inserção do ponto mais distante também é bem simples de ser utilizado em situações em que o ponto de origem e destino são coincidentes. É muito usada como uma ferramenta de apoio para traçar roteiros evitando cruzamento entre rotas sem conflitar com as restrições impostas. Tanto o método de varredura como métodos lineares ou heurísticos utilizam esse princípio para evitar a intersecção entre roteiros já estabelecidos.

Em seguida procura-se o próximo ponto mais distante e assim por diante até preencher todos os pontos de visita e triangular o melhor trajeto

Ponto de origem e destino deferentes ou múltiplos

Rota mais curta

O método de rota mais curta também é muito simples de ser elaborado, o qual foca em um ponto de origem e um ponto destino diferentes ou múltiplos, em que por meio da medições e acompanhamentos de trajeto é possível identificar a rota mais curta de forma manual ou por meio de software. O problema desse método é que ele não se adapta a todas as restrições. Por exemplo: suponhamos que no trajeto mais curto tenha uma janela de horário, que não permita ser entregue a mercadoria. Nesse caso, a restrição de horário imposta colocaria o método de rota mais curta como uma alternativa ruim, na qual o cliente teria que adaptar sua agenda para receber a transportadora no horário combinado por ela, além de estar sujeito também a fatores externos (trânsito, desvios etc.).

O processo de roteirização possuí uma constante busca de harmonização entre restrição versus decisão. Ao elencarmos as restrições ou problemáticas da logística de roteirização, encontramos alguns fatores que devem ser observados e ponderados, como: a localização do cliente e o horário de atendimento disponível; a localização dos centros de distribuição e seus horários; o tipo de veículo a ser utilizado, respeitando peso, cubagem e os custos do transporte; a escala de trabalho dos motoristas; o mapa da região atendida, considerando a situação das vias (estradas) em tempo real, velocidade permitida etc.) e os pedidos de entrega prioritária realizada por clientes.

Com base nestas restrições, o profissional de logística responsável pela roteirização terá que pensar em estratégias e tomar decisões que sejam as mais assertivas possíveis. Nesse contexto, ele deverá controlar dados levantados por meio de algoritmos estatísticos ou softwares específicos, visando se municiar de informações que otimizam o processo de roteirização (em tempo, distância e custo), resultando em um maior controle gerencial na hora de decidir a formação da carga (quais pedidos serão alocados em cada veículo), qual a sequência de entrega para cada veículo e quais serão as rotas de cada veículo irá fazer.

Como exemplo de modelo que usa algoritmos, temos o conhecido Método de Clark e Wright ou Método das “Economias”, que é comumente utilizado nos softwares de roteirização. Ele tem por característica ser utilizado em trajetos onde não tem um número muito elevado de paradas, com o objetivo de otimizar a distância e o tempo de trajeto de acordo com variados tipos de restrições e, com isso, reduzir o número de veículos utilizados no trajeto, gerando assim maior qualidade e redução dos custos.

Milk Run

Uma ótima estratégia para otimizar o processo de roteirização é formar parcerias, por meio da utilização de um ou mais CD, proporcionando maior agilidade e eficiência na operação.

Por meio desta metodologia, usando um sistema de distribuição centralizador, a roteirização pode funcionar como uma via de mão dupla, a qual é mais conhecida como Milk Run ou Corrida do Leite. Este modelo de distribuição e roteirização começou a ser adotado em fazendas de produção de leite e que direcionavam suas coletas para um ponto específico, facilitando o recolhimento do leite produzido e a devolução dos recipientes vazios que já tinham sido utilizados, o que otimizava o processo de distribuição reduzindo o tempo de entrega.

Essa estratégia também faz uso do processo de Crossdocking ou Encaixe Cruzado, que é um método de distribuição das mercadorias recebidas, no qual os produtos são recepcionados e automaticamente são realocados para transporte, ou seja, não ficam armazenados no CD esperando para serem transportados futuramente.

A mercadoria será distribuída para os varejistas ou consumidores por meio de um processo mais rápido do que o convencional, isto é, a entrega que é realizada diretamente sem a utilização de um CD.

Hoje, a estratégia do Milk Run consiste na distribuição de mercadorias, em que no momento em que se entrega um determinado produto, se recolhe automaticamente outras mercadorias que foram devolvidas pelos clientes e precisam retornar para os fabricantes. Esse procedimento agiliza o processo de distribuição de mercadorias (entrega e devolução), ao mesmo tempo em que reduz os custos ao economizar o transporte.

Os CDs auxiliam, e muito, o processo de roteirização e distribuição de mercadorias. Com a adoção dos CDs a área responsável por fazer as compras de materiais e mercadorias poderá ser centralizada (integrada), refletindo diretamente na diminuição dos gastos logísticos e na otimização do roteiro entre diversas empresas que compõem uma determinada rede de negócios ou cadeia logística.

Os sistemas de roteirização tem a capacidade de traçar harmoniosamente os pontos de entrega, descobrindo a melhor composição de cargas ao aproveitar a capacidade total do transporte, identificando a melhor sequência de visitas de acordo com a janela de horários, assim como, a oportunidade de reprogramação de rotas se necessário.

Benefícios da boa roteirização

Entregas ágeis

Capacidade de entrega aumentada sem comprometer os custos

Melhora do índice de ocupação dos veículos

Otimização das escalas de trabalho (gerenciamento da jornada de trabalho, diminuindo as horas extras e respeitando a legislação)

Redução/economia dos custos logísticos (combustível, consumo de pneu, manutenção etc.)

Maior controle e agilidade no processo de carga e descarga ou crossdocking

Segundo Ballou (2006, p. 199 - 201) existem oito princípios básicos para a estruturação de uma boa roteirização e programação de veículos, são eles:

Carregar os caminhões com volumes destinados a paradas que estejam mais próximas entre si (proximidade é tudo).

Paradas em dias diferentes devem ser combinadas para produzir agrupamentos concentrados

Comece os roteiros a partir da parada mais distante do depósito.

O sequenciamento das paradas num roteiro de caminhões deve ter a forma de uma lágrima (gota d’água).

Os roteiros mais eficientes são aqueles que fazem uso dos maiores veículos disponíveis (aproveitar ao máximo o espaço disponível no veículo é essencial).

A coleta deve ser combinada nas rotas de entrega em vez de reservada para o final dos roteiros.

Uma parada removível de um agrupamento de rota é uma boa candidata a um meio alternativo de entrega (nova rota).

Entregas ágeis

Capacidade de entrega aumentada sem comprometer os custos

Melhora do índice de ocupação dos veículos

Otimização das escalas de trabalho (gerenciamento da jornada de trabalho, diminuindo as horas extras e respeitando a legislação)

Redução/economia dos custos logísticos (combustível, consumo de pneu, manutenção etc.)

Maior controle e agilidade no processo de carga e descarga ou crossdocking

Segundo Ballou (2006, p. 199 - 201) existem oito princípios básicos para a estruturação de uma boa roteirização e programação de veículos, são eles:

Carregar os caminhões com volumes destinados a paradas que estejam mais próximas entre si (proximidade é tudo).

Paradas em dias diferentes devem ser combinadas para produzir agrupamentos concentrados

Comece os roteiros a partir da parada mais distante do depósito.

O sequenciamento das paradas num roteiro de caminhões deve ter a forma de uma lágrima (gota d’água).

Os roteiros mais eficientes são aqueles que fazem uso dos maiores veículos disponíveis (aproveitar ao máximo o espaço disponível no veículo é essencial).

A coleta deve ser combinada nas rotas de entrega em vez de reservada para o final dos roteiros.

Uma parada removível de um agrupamento de rota é uma boa candidata a um meio alternativo de entrega (nova rota).

As pequenas janelas de tempo de paradas devem ser evitadas.

Transporte e movimentação de cargas: modais, ferramentas, princípios e documentação

Indicadores de transporte

Para compreendermos o que são indicadores de transporte e sua importância é preciso relembrar o que são indicadores de desempenho e como eles são desenvolvidos.

Os indicadores são elementos que servem para medir e quantificar o desempenho de cada ação, conforme os objetivos preestabelecidos.

Os indicadores de desempenho são ferramentas muito utilizadas na gestão, pois eles medem os resultados em todas as áreas de uma empresa. O acompanhamento desses resultados é utilizado como base para a tomada de decisões e a elaboração de procedimentos visando a melhoria.


Os indicadores de desempenho podem ser divididos em dois grandes grupos: indicadores estratégicos e indicadores processuais.

Indicadores estratégicos: conhecidos também como indicadores de estratégias, são utilizados para verificar se as metas estipuladas pelos objetivos estratégicos, estão sendo alcançadas, lembre-se que os objetivos estratégicos de uma empresa são definidos no seu planejamento estratégico.

Indicadores processuais: conhecidos também como indicadores de processo, possui o foco em avaliar e medir como as tarefas da empresa estão sendo realizadas.

É importante relembrarmos que a utilização de indicadores, que avaliam o desempenho, traz algumas vantagens para a empresa, como:

Permitir que a empresa torna-se capaz de assumir uma postura preventiva, pois pode antecipar ações por meio do monitoramento de dados.

Identificar de maneira mais objetiva os problemas, propondo melhores soluções.

Maior certeza na tomada de decisões da empresa.

Reduzir o tempo utilizado na gestão e análise das atividades da empresa.

Planejar melhor o crescimento da empresa.

Por outro lado, não utilizar indicadores de desempenho pode trazer alguns problemas para a empresa, como:

Não conseguir gerenciar o desempenho das atividades desenvolvidas.

Não identificar os problemas de maneira rápida e objetiva.

Não identificar as prioridades na resolução dos problemas.

A não compreensão dos colaboradores sobre qual o resultado esperado das atividades que eles desenvolvem.

Por consequência não é possível dar um feedback sobre o desempenho dos colaboradores.

Não é possível indicar as ações que podem melhorar o desempenho.

Indicadores inadequados podem induzir as percepções erradas dos problemas e, consequentemente, as resoluções erradas de problemas. Os gestores de uma empresa só poderão tomar decisões acertadas por meio de um sistema de medição de desempenho se os indicadores realmente mostrarem a realidade, inclusive nas atividades relacionadas ao transporte de mercadorias.

Indicadores de transporte

O transporte de cargas é um serviço derivado de outras atividades do sistema econômico, ele movimenta uma mercadoria de um local a outro conforme a necessidade existente. Avaliar o desempenho desse serviço não é tarefa fácil, pois deve-se considerar todos os aspectos envolvidos.

Lembre-se que transporte e logística são diferentes, logística é a gestão dos recursos e informações para a execução das atividades de uma empresa e o transporte é a movimentação de pessoas ou de cargas. O setor de transporte faz parte da logística, sendo uma das atividades principais, pois seu custo impacta diretamente no custo final do produto e consequentemente nas finanças da empresa.

Portanto, é de extrema importância utilizar os indicadores de transporte, pois por meio deles podemos ter um controle maior dessa atividade e, assim, controlar e reduzir os custos de um produto ou serviço.

Custo de frete por unidades transportadas (CFU)

Calcula-se este indicador dividindo o custo total do frete pelo total de unidades transportadas de um determinado período, dia, mês, ano etc. As unidades transportadas devem ter os mesmos padrões, ou serem produtos iguais.

CFU é igual ao custo total do frete dividido pelo total de unidades transportadas.

Por meio deste indicador é possível saber o valor exato gasto para transportar cada unidade de um produto.

Observe um exemplo na prática desse indicador:

Uma empresa transportou, de uma cidade para outra, 1.000 unidades de latas de leite em pó, o custo total do frete foi de 500 reais. Qual o CFU dessa operação da empresa?

CFU é igual a 500 dividido por 1000. CFU= 0,50.

Ou seja, o custo para transportar cada unidade de lata de leite em pó é igual a 50 centavos para empresa.

Custo de manutenção por quilômetros rodados

Tempo de trânsito

Combustível

Giro do veículo (GV)

Os indicadores apresentados são apenas exemplos que podem ser utilizados, pois cada empresa deve criar seus próprios indicadores para monitorar seus processos de transporte. Atenção para que os indicadores realmente mostrem a realidade dos fatos.

Para saber mais sobre o uso e a importância dos indicadores de desempenho nos transportes, pesquise por "indicadores logísticos" e “indicadores de transporte”.

Transporte e movimentação de cargas: modais, ferramentas, princípios e documentação

Documentação específica de carga

Com o objetivo de aprimorar os nossos conhecimentos sobre as formas adequadas de execução e controle do transporte de cargas e da movimentação de equipamentos, materiais e produtos, neste material, vamos conhecer algumas das documentações específicas de carga. Para tanto, iremos analisar o protocolo de liberação de mercadorias (PLMI), a declaração de importação (DI) e o comprovante de importação (CI). Todos estes documentos são exigidos e necessários para as atividades de carga e estão regulamentados pelo governo federal. No entanto, de acordo com a via de transporte, esta documentação exigida pode ser variável. Por isso, é sempre importante que se verifique constantemente o que a legislação atual apresenta sobre este tema.

Destacamos que as atividades de importação, no país, estão regulamentadas por leis, decretos, portarias e resolução. Todos estes textos emitidos por órgãos responsáveis como Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Secretaria da Receita Federal, Ministério da Fazenda, Ministério de Ciência e Tecnologia, entre outros. No entanto, lembre-se de que é no Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, denominado de regulamento aduaneiro, que estão regulamentadas as atividades de importação.

Protocolo de liberação de mercadorias ou bem importado (PLMI)

De acordo com a legislação brasileira, importação corresponde à entrada de bens ou serviços, provenientes de outros países, de forma temporária ou definitiva, no território nacional. Esta entrada de bens ou serviços no país é regulamentada e exige, para que se efetive, determinada documentação, conforme citamos anteriormente. Entre elas, destacamos o protocolo de liberação de mercadorias ou bem importado (PLMI). Este documento se caracteriza por ser uma licença de importação e deve ser preenchido pelo próprio responsável pela importação ou é possível que o despachante aduaneiro faça o preenchimento. A forma de acesso e inserção das informações acontece de forma online, no Sistema integrado de comércio exterior (Siscomex).

Para o preenchimento do formulário é necessário que o responsável insira as informações básicas, referentes ao importador (tipo de importador, CNPJ, razão social, país de procedência, entre outros). Depois, é exigido o preenchimento dos dados do fornecedor/ fabricante/ produtor, ou seja, o exportador. Neste momento, é solicitado nome, logradouro, complemento, cidade, estado, país de aquisição e país de origem. Em seguida, a descrição da mercadoria precisa ser detalhada. As informações para esta etapa são as seguintes: nomenclatura comum do Mercosul (NCM), descrição da NCM, peso líquido, moeda negociada etc. Por fim, são detalhadas algumas características da mercadoria.

O registro dessas informações deve ocorrer antes da Declaração de Importação (DI).

Declaração de importação (DI)

A declaração de importação é o documento que serve como base para o despacho de importação e deve ser formalizada pelo próprio importador ou por meio de despachante aduaneiro. Novamente, é no Siscomex que a formalização deve ser efetivada, imediatamente após a liberação da mercadoria pela alfândega, para que possa ingressar no país de destino, depois que a documentação foi verificada.

A DI é necessária para todo tipo de importação, sendo que nela constam informações fiscais, comerciais e cambiais que são obrigatórias para seja efetivada a análise de toda a operação de importação. A partir dela é possível iniciar o processo de liberação alfandegária e o consequente desembaraço da mercadoria importada.

Para o preenchimento correto da DI alguns campos são indicados da declaração de importação, de acordo com a Receita Federal. São eles: importador, básicas, transporte, carga, adições e pagamento. Estes campos disponibilizam outros subcampos que solicitam preenchimento. Por exemplo, no item carga serão necessárias as seguintes informações: país de procedência, data da chegada, peso bruto e peso líquido (em quilogramas), quantidade de volumes, tipo de embalagem e muitas outras informações.

Comprovante de importação (CI)

Por fim, após o desenvolvimento dos processos de registro anteriores, chegamos até o comprovante de importação. Este documento, que também é eletrônico, proporciona a definitiva nacionalização da mercadoria importada.

A Secretaria da Receita Federal é o órgão responsável por emitir o CI. Desta forma, é ele que comprova a nacionalização da mercadoria e permiti definitivamente a sua entrada do país de destino, após o pagamento de impostos, quando estes forem exigidos.

No CI constam dados gerais (nº da DI, data de registro etc.), dados do importador (nome, CNPJ/CPF e endereço), dados da carga (valor total da importação em reais, peso bruto e quantidade de volumes), dados do desembaraço (canal de conferência aduaneira e data do desembaraço) etc. Outras informações também se fazem presentes e por este motivo a DI é composta de várias páginas.

Toda a documentação apresentada é exigida no processo de importação de mercadorias e bens. As trocas entre os países acontecem de forma intensa e objetivam suprir as necessidades de cada território. Quando um país não oferece determinado produto ou bem de consumo ele busca na importação a solução para suprir uma demanda local necessária. Mas, para isso é preciso cumprir com as determinações legais. Desta forma, as movimentações de produtos, materiais, equipamentos, entre outros, se efetiva de forma segura e respeitando as leis de cada país.

Referências: https://www.senacrs.com.br/cursos_rede/transporte_e_movimentacao_de_cargas_modais/html/index.html

DIFERENÇA ENTRE PORTOS HUB E FEEDER

   Na prática, o termo "porto hub" é usado exclusivamente para a movimentação de contêineres. Esse tipo de porto concentra grande ...